14-09-2011 Fonte: R7 Notícias

A seleção brasileira entra em campo pela 15ª vez sob o comando de Mano Menezes nesta quarta-feira (14), contra a Argentina, em Córdoba, e o pequeno período já foi suficiente para criar um tabu incômodo para o treinador: a falta de vitórias em jogos contra seleções relevantes.

Desde que assumiu o cargo, em agosto do ano passado, com a missão de reconstruir a equipe para triunfar em casa na Copa do Mundo de 2014, o técnico comandou a equipe em cinco partidas contra seleções que estavam entre as 20 primeiras no ranking da Fifa, com apenas uma vitória, em sua estreia, diante dos Estados Unidos, que naquele dia estavam em 13º na lista - hoje ocupam a 28ª posição.

Nos outros confrontos, a seleção empatou com a Holanda, segunda melhor seleção do mundo na ocasião, e perdeu para Argentina (5ª), França (19ª) e Alemanha (3ª). Hoje, a seleção argentina está em nono lugar, três abaixo do Brasil, e cabe ao técnico acabar com esse jejum.O local da partida, que começa às 21h50 (de Brasília), não é das melhores recordações para o treinador. Foi no mesmo estádio Mario Kempes, em Córdoba, que a equipe fez dois de seus jogos na Copa América, em julho: empatou por 2 a 2 com o Paraguai e venceu o Equador por 4 a 2, selando a vaga nas quartas de final, onde seria despachado pelo próprio Paraguai, nos pênaltis.

Na primeira vez em que conta apenas com jogadores que atuam no Brasil, mas sem seu principal armador, Paulo Henrique Ganso, o técnico deve colocar suas esperanças no trio formado por Neymar, Leandro Damião e Ronaldinho Gaúcho.

O craque santista é o artilheiro da "era Mano", com seis gols marcados, enquanto o centroavante colorado é o goleador do futebol brasileiro em 2010, com 40 gols, um deles pela seleção, na vitória por 1 a 0 sobre Gana, na semana passada, em Londres. Já o meia do Flamengo, aos 31 anos, voltou a ser convocado pelo treinador, desde o amistoso diante dos africanos, para servir como uma espécie de "voz da experiência" dentro de campo.

Curiosamente, a primeira chance de Ronaldinho sem Mano foi contra a mesma Argentina, no amistoso disputado em novembro no ano passado, no Qatar. O cenário, porém, é diferente: o astro exibia seus últimos lampejos no futebol europeu, com a camisa do Milan, e foi chamado também para dar um toque promocional extra ao amistoso no Oriente Médio, uma espécie de duelo com Messi, seu sucessor no Barcelona. Como Mano, o camisa 10 ganha uma nova chance de se redimir.