06-09-2011
Proteja a si e ao seu patrimônio.
06-09-2011
Fonte: Gazeta do Povo
Modernos sistemas de segurança estão disponíveis no mercado como auxílio para garantir a paz de moradores em seus imóveis, mas o comportamento de moradores e funcionários de condomínios é fundamental para ajudar a inibir a ação de criminosos, que tentam invadir casas e edifícios diariamente. Os casos de assalto são vistos com frequência na mídia e a maioria das ocorrências acontece, principalmente, por descuido de porteiros e dos próprios condôminos.
"Segurança está ligada a comportamento", afirma o oficial da Polícia Militar do Estado de São Paulo José Elias de Godoy, especialista em gestão de segurança empresarial e patrimonial, consultor do portal SíndicoNet e autor dos livros Manual de Segurança em Condomínios e Técnicas de Segurança em Condomínios. Ele aponta três aspectos, que julga importantes para formar o tripé da segurança condominial: físico (instalação de grades, muros, guaritas blindadas, câmeras e alarmes), investimento em funcionários (como curso de porteiro), e conscientização de moradores (por meio de avisos, reuniões e até notificações).
Em 90% dos casos, os bandidos entram pela porta da frente, o que evidencia a falha humana, avalia Godoy. "O porteiro não tem função somente de abrir e fechar portões, mas de controlar o acesso das pessoas, em um trabalho de prevenção. Não confundir com vigia, que tem a função de reprimir", diz o oficial. A atitude do morador consciente complementa a atuação do porteiro. "Muitos moradores acham que é besteira seguir essas normas. Mas se não agem, a prevenção não funciona e gera problemas. É preciso criar as dificuldades para o bandido", enfatiza.
A hora da chegada
A maioria dos roubos (quando há violência contra pessoas) em casas e condomínios ocorre durante a chegada dos moradores, por volta das 20 horas, revela o delegado adjunto da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba, Guilherme Rangel. "Os bandidos fazem campana, principalmente nas terças e quartas-feiras, sendo a maioria das ocorrências em casas com porta para rua ou em condomínios fechados", diz. Antes de estacionar, orienta o delegado, verifique possível atitude suspeita em frente ao imóvel. "Passe com farol alto, dê uma volta no quarteirão e somente entre se estiver seguro. Se estiver a pé, passe reto e, na dúvida, ligue para o número de emergência 190."
Os furtos acontecem, em sua maioria, nos edifícios. "Nesse caso, mantenha as portas fechadas, mesmo que não demore para entrar ou sair novamente, tenha um porteiro e funcionários de confiança, e invista em sistemas de vigilância, que inibem a ação e colaboram em caso de investigação", recomenda Rangel.
Porteiro deve ter atenção e treinamento
Lauro de Mates é porteiro há mais de 40 anos e trabalha há quatro em um condomínio residencial com 32 apartamentos no bairro Novo Mundo no turno da noite. Ele conta que nunca passou por situação de perigo nos locais onde trabalhou e acredita que seja uma resposta ao trabalho de prevenção para manter a segurança dos moradores. "Não dou brechas. Ladrão observa tudo. Ele estuda o local antes, não chega de supetão", afirma.
Quando chegam entregadores de pizza, por exemplo, Mates pede identificação, para depois interfonar para o moradora, confirmar se realmente ele fez um pedido. "Mesmo assim não deixo entrar. Alguns moradores reclamam de ter de buscar na portaria, mas explico que é mais seguro". Outra medida é quando moradores entram ou saem de carro. "Sempre observo se há atitude suspeita do lado de fora, para evitar que se aproveitem do portão aberto", diz.
Mates recomenda aos colegas uma reciclagem anual da função. Na semana que passou, ele concluiu um curso de aperfeiçoamento como porteiro.
É papel da administração do condomínio investir em treinamento, afirma o instrutor de Aperfeiçoamento para Porteiro de Edifícios do Senac-PR, Luiz Antonio Rubin. "Em alguns locais o porteiro não é preparado e os moradores não têm consciência da importância. Quanto maior a comodidade, menor a segurança."
Denuncie
Se ocorrer situação de roubo ou furto na sua residência, denuncie, orienta o delegado adjunto da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba, Guilherme Rangel. "Registre a ocorrência e retrato falado, seja ouvido", diz. Segundo Rangel, a atitude ajuda a mapear o crime na cidade e legitima a ação da polícia para prisões e recaptura de pertences, mas nem todos fazem. "O bandido pode voltar à sua casa ou atacar seu vizinho."
 
						  
                         
                             
                         
                             
                                 
                         
                             
     
     
                                             
                                             
                                             
                                             
                                             
                                            