17-08-2011 Fonte: Paraná Online
De acordo com a presidente da Associação dos Médicos Legistas do Paraná, Maria Letícia Fagundes, as ações previstas no programa Paraná Seguro, anunciado na manhã desta terça-feira (16) pelo governo do Estado, podem significar apenas mais um projeto, se não ficar clara a forma com que as medidas serão implantadas.
"Na reunião ele falou no plano de carreira para peritos oficiais e funcionários da Criminalística, então existe um projeto e dentro deste projeto uma ação que vai tratar da carreira da Criminalística, mas isso não ficou claro. Então eu ainda não consigo entender qual é a possível melhora que vai acontecer na carreira do médico legista. A princípio temos mais um projeto", declarou.
Segundo a presidente da associação, seria necessária a contratação de pelo menos 300 médicos legistas para preencher a necessidade das unidades do Instituto Médico-Legal já existentes no Estado. Com a previsão de ampliação no número de unidades, esse contingente precisaria ser ainda maior. "Já existe falta de médicos, somos apenas 78 em todo o Estado. A gente continua com falta de administrativos, de auxiliares da necropsia", comentou.
Ainda segundo Maria Letícia não há concurso público realizado para o preenchimento destas vagas e no caso de contratação um novo processo deverá ser realizado.
A presidente contou ainda que houve uma contratação emergencial de 38 médicos por Processo Seletivo Simplificado (PSS), todos para o interior do Estado, o que seria insuficiente para melhorar as condições de trabalho do Instituto. "A gente precisa efetivamente abrir vagas para concurso", avaliou.