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Saúde

Elo entre sal e doenças do coração não é automático

Elo entre sal e doenças do coração não é automático

05-08-2011

Ninguém discute mais que o consumo excessivo de sal faz subir a pressão sanguínea. Mas um estudo em grande escala dos efeitos da redução do sal na dieta teve resultados inconclusivo.

A análise de sete pesquisas internacionais, envolvendo 6.257 pessoas, das quais 665 morreram (293 por doenças cardiovasculares) não apontou um elo claro entre a diminuição da pressão resultante do menor consumo de Sal e a prevalência dessas doenças, ou a morte causada por elas.
O trabalho foi feito pela Cochrane Collaboration, uma rede internacional de pesquisadores, e publicado na revista médica "American Journal of Hypertension". A equipe, liderada por Rod Taylor, da Universidade de Exeter, Reino Unido, garimpou 3.035 artigos e terminou com apenas sete estudos relevantes.

O estudo não é uma "licença para comer salgadinhos", contudo; ele simplesmente mostrou que a redução do consumo de sódio não é necessariamente boa para todos. Houve até casos em que a redução do consumo foi nociva em pacientes com insuficiência cardíaca.

O brasileiro consome em média 8,2 gramas de sal por dia (3,3 gramas de Sódio), mais que as recomendações internacionais de ingestão de um máximo de seis gramas (2,4 gramas de Sódio), o equivalente a uma colher de chá.