Um trabalho em conjunto entre policiais civis e militares na manhã desta Terça-feira (02) resultou na prisão de Menegildo de Oliveira Teles (38), que é suspeito de ter assassinado o morador de rua Gerson Ribeiro da Costa (31
02-08-2011
Um trabalho em conjunto entre policiais civis e militares na manhã de Terça-feira (02) resultou na prisão de Menegildo de Oliveira Teles (38), que é suspeito de ter assassinado a tiros na tarde de Segunda-feira (1), o morador de rua Gerson Ribeiro da Costa (31) e envolvimento com o PCC - Primeiro Comando da Capital. O crime aconteceu na rua Dom Pedro II, Centro e assustou moradores e comerciantes da região. Este foi o milésimo homicídio registrado na Região Metropolitana de Curitiba este ano.
Hipóteses
Policiais trabalham com a hipótese do crime ser passional, mas não descartam outras linhas de investigação. Policiais explicaram que a ex-esposa de Gerson estava convivendo atualmente com Menegildo. Na madrugada de Domingo (31), Gerson teria ido até a casa da ex-mulher, no Jardim das Acácias, Botiatuva e a ameaçou. Porém não esperava que Menegildo estivesse lá, o qual ao defender a mulher detonou alguns tiros. Um deles acertou o braço esquerdo de Gerson, que fugiu deixando para trás a sua bicicleta. Minutos mais tarde ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital Nossa Senhora do Rocio, pelo Siate ao ser localizado caído na rua João Stukas, próximo a Estação de Tratamento da Sanepar.
Na tarde de Segunda-feira, policiais acreditam que logo depois de deixar o hospital, Gerson seguia a pé pela rua Dom Pedro II em direção ao Botiatuva, quando foi perseguido e assassinado por Menegildo, que fugiu no Celta de cor preta placa ARC-3108, de Campina Grande do Sul, que estava estacionado há duas quadras de onde ocorreu o homicídio.
Os policiais lembraram ainda que Gerson tinha antecedentes por homicídio e a sua morte também pode estar ligada ao tráfico de drogas ou com alguma encrenca que ele arrumou quando esteve preso e teria conhecido Menegildo.
Segundo o perito do Instituto de Criminalística, Gerson foi morto com dois tiros, um na nuca e outro na boca, que transfixiou pela cabeça. O seu corpo foi recolhido ao Instituto Médico Legal de Curitiba.
Prisão
Na manhã de Terça-feira, policiais localizaram o Celta estacionado nos fundos da casa da ex-mulher de Gerson e depois de realizarem um cerco na moradia, acabaram prendendo Menegildo. No interior da moradia foi localizada a arma do crime, um revólver calibre 38 e oito projéteis intactos. "A princípio Menegildo se identificou com outro nome, inclusive apresentando a documentação desta pessoa. Mas depois de checarmos todas as informações descobrimos o seu verdadeiro nome", disse o investigador Marcos Antonio Gogola. O policial lembrou ainda que no interior da casa foram localizados ainda alguns documentos em nome de Gerson.
Menegildo foi autuado por suspeita de homicídio, posse ilegal de arma de fogo e falsidade ideológica. Ao ser interrogado, ele disse que falaria apenas em juízo. Na manhã de Quarta-feira (03), ele foi transferido para Piraquara por medida de segurança.
Alta periculosidade
Policiais também suspeitam que Menegildo pertença a uma quadrilha especializada em roubo de cargas, que vem agindo na Região Metropolitana de Curitiba. Eles conseguiram levantar ainda que ele estava foragido desde 11 de julho deste ano da Colônia Penal Agrícola. Menegildo já teve passagem por tráfico, sendo preso pela Polícia Federal, por roubo e homicídio e tem ligação com o PCC - Primeiro Comando da Capital. A mãe dele que foi presa juntamente com outros integrantes de uma quadrilha a cerca de seis anos atrás seria responsável por fazer depósitos na conta de integrantes do grupo em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Estiveram trabalhando nesta ocorrência os policiais civis Juscelino Aparecido Bayer, Marcos Antonio Gogola e Fernando Kugnharski e os policiais militares cabo Sandro e soldado João Paulo.