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Policial

Motoristas usam de criatividade para recorrer de multas de trânsito

Motoristas usam de  criatividade para recorrer de multas de trânsito

22-07-2011

Os motoristas multados têm três chances de recorrer da penalidade imposta. E vale tudo na hora de tentar sensibilizar quem está do outro lado. Mas não adianta contar boas histórias sem documentos que comprovem as alegações apresentadas.

E não é fácil conseguir se livrar da multa. Cerca de 20% dos recursos são deferidos, isso considerando as três
instâncias. A primeira oportunidade é dada logo que o motorista recebe a notificação. Se o recurso for indeferido, ele pode recorrer à Junta Administrativa de Recursos de Infrações (Jari). E a última chance está no Conselho Estadual de Trânsito (Cetran).

Criatividade

Veja algumas explicações apresentadas por motoristas que recorreram das multas: condutor que foi flagrado
usando celular enquanto diri-gia alegou que estava coçando a orelha.

Mulher multada por dirigir transportando um animal entre os braços recorreu e disse que o único animal que ela tinha em casa era o marido.

Motorista multado por circular com veículo que estava com a placa ilegível mandou, junto com o recurso, a placa para mostrar que ela não estava ilegível.

Motorista flagrado alcoolizado alegou que havia feito um bochecho com antisséptico bucal. Outro que também estava alcoolizado afirmou que apenas havia comido uma salada temperada com vinagre de vinho.

Um condutor multado por estacionar em local proibido disse que estava com diarreia e, por ter pressa de chegar ao banheiro, estacionou na vaga inadequada. Mesmo assim, contou ele, não deu tempo de chegar ao banheiro e o agente de trânsito, apesar de ter visto o que aconteceu, aplicou a multa.

- Um condutor que foi multado por transportar criança menor de 10 anos no banco da frente disse que na verdade estava levando um anão

- Motorista multado por circular em marcha ré disse que foi obrigado a fazer a manobra proibida porque estava com a amante no carro e a esposa vinha pela calçada e poderia flagrá-lo.

Alguns motoristas ficam indignados com a autuação e não apresentam uma defesa, mas questionam a multa. Um exemplo é o caso de um taxista acusado de avançar o sinal vermelho recorreu à Diretran dizendo que trabalhava com táxi há 15 anos e que não teria o menor sentido ele avançar num cruzamento tão movimentado como aquele citado na notificação.