20-07-2011
Adultos jovens e idosos também não podem negligenciar as vacinas
20-07-2011 Fonte: Paraná Online
A vacinação em adultos tem a mesma importância que em crianças ou idosos, no entanto, a atenção com a imunização é bem menor. Porém, especialistas alertam que a conscientização sobre a necessidade de se manter em dia com a vacinação é essencial para se prevenir o contágio por doenças graves e, muitas vezes, sem cura.
A jornalista Cláudia Pallaci está sentindo na pele o reflexo da displicência em relação às vacinas. No último final de semana, ela foi mordida por um gato que mora na rua e entrou no terreno do seu prédio. "Naquele momento eu nem pensei em vacina, que existia a possibilidade de contrair raiva ou alguma outra doença", conta.
Mas depois, ela e o marido levaram um susto quando resolveram pesquisar o assunto na internet. "Nos deparamos com diversas informações, de que a raiva pode matar, por exemplo, e aquilo me desesperou. O gato não tinha nenhum sintoma, mesmo assim fiquei com medo", relata.
O melhor a fazer era procurar uma unidade de saúde para ter certeza de que nada de ruim aconteceria. Ela tomou a vacina antirrábica, contra a raiva e a DT, que previne difteria e tétano. Mesmo imunizada, a jornalista terá que esperar até quarta-feira (20), tempo em que será possível saber se o gato que a mordeu não tem raiva.
A falta de informação e de campanhas sobre a importância das vacinas são apontadas por Claudia como fatores que prejudicam a população. "Nunca tive orientações de médicos nem vi campanhas sobre o assunto", comenta.
Orientações
A médica Karin Luhm, diretora do Centro de Epidemiologia de Curitiba, chama a atenção para a necessidade de se manter todas as vacinas em dia. São elas a DT - dupla tipo adulto (difteria e tétano), tríplice-viral (sarampo, caxumba e rubéola), dupla viral (sarampo e rubéola), pneumo 23 (pneumonia), febre amarela e a vacina contra a hepatite B, que desde o ano passado foi entendida até os 29 anos.
Vacinas para adultos jovens e idosos
Vacina
Doses
Doenças evitadas
Dupla
Três: intervalo de 2 entre cada uma e reforço a cada 10 anos
Tétano e difteria
Febre Amarela
Uma a cada 10 anos
Febre amarela
Tríplice Viral
Única
Sarampo, rubéola e caxumba
Influenza
A partir de 60 anos, anual
Gripe
Pneumo 23
Única
Pneumonia
Dupla viral
Única
Sarampo e rubéola
Hepatite B (até 29 anos)
3 doses
Destas vacinas, a DT, a tríplice-viral e contra hepatite B são recomendadas indiscriminadamente, salienta Karin: "a recomendação é para que toda a população esteja com essas em dia". A imunização contra a febre amarela é necessária quando existe uma viagem para uma área de risco, nas regiões Norte e Centro-Oeste, principalmente. A pneumo 23 é indicada para quem é portador de doença crônica.
Para receber qualquer uma das vacinas, basta se dirigir a qualquer unidade de saúde portando a carteira de vacinação. Quem perdeu a carteira, pode levar outro documento de identificação. As vacinas são gratuitas e estão disponíveis durante todo o ano.