Sabado às 23 de Novembro de 2024 às 09:02:10
Saúde

Alimentação

17-07-2011

Metade dos adolescentes de SP consome menos nutrientes do que deveria, diz estudo

Alimentação

17-07-2011 Fonte: R7 Notícias

Metade dos adolescentes que moram na capital paulista consome uma quantidade de nutrientes aquém da recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Esta é uma das conclusões de uma pesquisa feita pela Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo).

O estudo mapeou os hábitos alimentares de 512 jovens, com idades entre 14 anos e 18 anos, de famílias de diferentes classes sociais e níveis de escolaridade, e mostrou que 50% deles ingerem menos nutrientes do que apontado como ideal pela OMS.

Os resultados da pesquisa foram publicados na tese de mestrado do nutricionista Eliseu Verly Junior. A deficiência no consumo de nutrientes, segundo ele, está divida, basicamente, em dois tipos. Primeiro, no consumo de vitaminas A, C e E, encontradas em alimentos como brócolis, frutas cítricas e óleos vegetais. De acordo o nutricionista, essa deficiência pode facilitar a ocorrência de doenças cardiovasculares e de alguns tipos de câncer.

O segundo tipo, no consumo de magnésio, fósforo e cálcio. Nutrientes encontrados na carne, leite e vegetais verde escuros. A falta deles, segundo o nutricionista, pode causar doenças ósseas como a osteoporose.

- De forma geral, a deficiência na ingestão desses nutrientes é causada por maus hábitos alimentares. Os jovens comem menos frutas, verduras e legumes do que deveriam.

Na avaliação do especialista, além de comerem menos alimentos saudáveis, os adolescentes também consomem mais biscoitos e sanduíches atualmente. Por isso, acabam ingerindo mais sódio do que deveriam.

A OMS recomenda o consumo de no máximo 2,3 gramas de sódio por dia. Essa quantidade está contida em 6 gramas de sal de cozinha. Entretanto, 85% dos adolescentes de São Paulo consomem mais do que isso.


- O consumo acima do recomendado pode causar hipertensão.

Para o nutricionista, campanhas de educação alimentar poderiam alterar a situação constatada pela pesquisa. Ele também defende incentivos fiscais para a produção de alimentos saudáveis. Isso poderia barateá-los e tornar seu consumo mais acessível.