02-07-2011 Fonte: Paraná Online
A subutilização de leitos é a questão mais recorrente verificada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) em pronto-socorros do Paraná. Na visita feita nesta quinta-feira (30) a hospitais de Umuarama e Paranavaí, esse foi o principal problema registrado pelos deputados que integram a CPI.
A situação é agravada, segundo o deputado estadual Leonaldo Paranhos, pela falta da atuação da Central de Leitos. Paranhos, que lidera a CPI, afirma que, em Umuarama, existem cerca de 80 leitos do SUS nos Hospitais Cemil, São Paulo e Nossa Senhora Aparecida, que não estão sendo utilizados. "São vagas que poderiam ser ocupadas se a Central tivesse mais informação sobre vagas disponíveis nos hospitais".
O deputado ressalta que Umurama não está recebendo pacientes de outros municípios, mesmo com vagas sobrando. "Isso é um absurdo. É função da Central identificar os leitos e encaminhar os pacientes para os hospitais mais próximos". Ele cita o caso de um homem com queimaduras que está na fila de espera em Paranavaí, mas ainda sem expectativa de atendimento.
Agora, a proposta da comissão é agilizar os processos da Central de Leitos, criando um sistema de controle que identifique mais facilmente as vagas disponíveis nos hospitais do Estado. "O que acontece hoje, é que a consulta é feita via telefone, o que dificulta a identificação dos leitos que podem ser utilizados nos hospitais" diz Paranhos.
Em Paranavaí, a comissão identificou uma situação contraditória, que também sinaliza a falta de aproveitamento dos leitos. Enquanto no Pronto Atendimento Municipal oito pacientes estavam esperando por internação, na Santa Casa havia nove leitos vazios. "É uma falta de comunicação total mesmo em hospitais da mesma cidade".
Paranhos defende que para melhorar o atendimento aos pacientes do SUS é preciso ampliar o convênio com os hospitais. "Não adianta construir mais leitos. O que sabemos é que as vagas existem, mas acontece uma subutilização dos leitos". O foco é, principalmente, para ampliar o acesso às cirurgias eletivas, de pequeno porte e nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI).