17-06-2011
O Nordeste brasileiro possui uma das culinárias mais ricas em sabores, aromas e cores. Sua comida é marcada pela influência dos europeus (em especial, dos portugueses), principalmente na elaboração de cozidos, "caldeiradas" e doces, como papo-de-anjo, sequilho, baba-de-moça; dos africanos, no preparo de comidas com azeite de dendê e leite de coco; e dos indígenas que ensinaram o uso do milho, da macaxeira (mandioca) e do jerimum (abóbora), em diversas preparações.
A posição geográfica também favorece alguns hábitos alimentares: todos os estados são banhados pelo mar o que estimula o consumo de peixes, camarões, lagostas, lulas e mariscos na região litorânea. Cidades próximas a mangues, rios e lagoas desfrutam da fartura de caranguejos, pitus (camarão de água doce) e sururus (molusco que vive em lagoas).
Já no interior nordestino, tradicionalmente, há o costume de se consumir carne de bode, de carneiro e de boi, sendo esta última, em especial, sob a forma de carne-de- sol ou carne-seca. Apesar das carnes de sol e seca sofrerem o mesmo processo de secagem (ao sol e ao vento ou em estufas), elas se diferenciam de acordo com o teor de sal que apresentam. A primeira (também conhecida como "carne-de-vento" ou "carne-do-sertão") apresenta menor quantidade de sal que a segunda (que também pode ser chamada de "charque" ou "jabá").
Da agricultura, de modo geral, obtém-se em abundância: coco de dendê (proveniente da palmeira), jerimum, macaxeira, milho e frutas, como abacaxi, acerola, cajá, caju, carambola, ciriguela, coco, goiaba, graviola, jaca, manga, mangaba, maracujá, pitanga, sapoti.
Apesar de deliciosa, a culinária nordestina esconde alguns "perigos" em suas preparações típicas: a presença constante de ingredientes como coco, leite de coco, azeite de dendê, manteiga, ovos, lingüiça e toucinho. Para quem quer emagrecer e ter uma vida saudável, o consumo desses alimentos deve ser evitado, pois como eles apresentam, em sua composição, alta quantidade de gordura saturada, além de conterem muitas calorias, estas também prejudicam o coração, podendo desencadear a longo prazo, doenças cardiovasculares.
Outro alimento que não se pode exagerar no consumo é a carne-seca. Seu elevado teor de calorias, proveniente da gordura, não é recomendado para aqueles que precisam e querem perder peso. Além disso, o alto teor de sal presente nesta carne, acaba estimulando a retenção de líquidos pelo organismo, proporcionando uma "falsa" imagem de excesso de peso.
Quem gosta de doces deve ficar atento às inúmeras guloseimas dessa região. A combinação de ovos com açúcar, manteiga, coco e leite de coco, fazem com que eles sejam verdadeiras "bombas calóricas". Por isso, deve-se consumi-los com extrema moderação, para não colocar em risco o seu programa de emagrecimento. Uma boa opção é substitui-los pelas frutas "in Natura", presente em abundância e, em geral, com baixo valor energético. Quanto às bebidas, se você tiver como optar entre o caldo de cana e a água de coco, fique com o segundo, pois ele apresenta somente 1/5 da quantidade de calorias do primeiro. Outras opções são os sucos de frutas naturais, sem açúcar. Pode-se perceber, dessa maneira, que a culinária nordestina é muito diversificada e opções não faltam para quem quer manter, ganhar ou perder peso. Deve-se portanto, conhecer os alimentos disponíveis, para que se possa fazer as melhores escolhas, entre as opções que a culinária nordestina oferece. Alimentar-se adequadamente, não significa abrir mão do prazer.