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Licença de instalação abre caminho para base do pré-sal no Paraná

Licença de instalação abre caminho para base do pré-sal no Paraná

14-06-2011 Fonte: Paraná Online

Nesta segunda-feira (13), a entrega da licença ambiental de instalação para a multinacional italiana Techint, que está em Pontal do Paraná, no Litoral do Estado, há mais de 30 anos, marcou um grande passo no projeto de fazer do local uma base industrial do pré-sal no Paraná. Isso porque junto com o incentivo viabilizado pelo Programa Paraná Competitivo às empresas petrolíferas, também se estuda a construção de uma estrada paralela à PR-412, a fim de ligar Pontal do Paraná a Matinhos e, dessa forma, evitar problemas com a lentidão do acesso a região ocasionada, principalmente, no período de alta temporada no litoral.

"Pontal do Paraná se transformará em Pontal do pré-sal. É bom para o Estado que gerará milhares de empregos na região, mas também será bom para as empresas que participarem desse momento porque é garantia de mercado para os próximos 20 anos", apontou o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros.

Só a Techint, vai investir R$ 300 mil e gerar entre 4 mil e 4,5 mil empregos nos próximos três anos para construir duas plataformas fixas de petróleo de 25 mil toneladas cada. Tais plataformas têm destino certo a OSX Brasil S/A, empresa de petróleo do grupo do empresário Eike Batista. O contrato prevê um prazo de 33 meses para a entrega.

Nesse sentido, a multinacional fez a parte que lhe cabia de entregar toda a documentação para a liberação da licença ambiental de instalação e o Estado surpreendeu, ao conceder a licença em quatro meses. A razão para isso, segundo Barros, está no compromisso assumido pelo grupo de licenciamento estratégico do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) de responder rapidamente a esse tipo de demanda. "A Subsea (fabricante de cabos de transporte) também está nessa fase de liberação de licença, porém, faltam documentos. Mas a orientação do governo é essa, responder prontamente as empresas que derem entrada nesses processos cumprindo plenamente as exigências do IAP", reconhece Barros.

A eficiência na liberação da licença foi reconhecida pelo diretor geral da multinacional, Ricardo Ourique Marques. "Tínhamos necessidade de uma resposta rápida, já a OSX exige em seus contratos agilidade e qualidade, o governo paranaense entendeu isso e a resposta veio com velocidade", afirma. "O significado dessa licença e da estrutura que está se formando em Pontal é muito mais amplo. Vamos agregar valor à produção de lá. Enquanto, em 2005, fizemos a jaqueta da PRA-1 para a Petrobras, agora produziremos duas plataformas inteiras. A Odebrecht, por sua vez, quer fazer módulos de navios, que exigem muito mais tecnologia do que os cascos", avalia Marques. "Toda essa estrutura, com empregos de alta qualificação, irá atender um mercado forte e que se abre inicialmente para o pré-sal, mas que terá demanda por décadas no Brasil e no mundo", projeta.

Mão-de-obra local

Os empregos gerados pela Techint serão quase que na totalidade preenchidos pela mão-de-obra local. A garantia vem do diretor geral da multinacional, Ricardo Ourique Marques. "Temos um histórico de 30 anos com o Estado. Formamos e treinamos mão-de-obra antes de se lançar a qualquer projeto e já temos uma equipe basicamente daqui para as duas plataformas", assegura Marques.