12-06-2011 Fonte: Paraná Online

Para quem está solteiro, as conversas sobre como encontrar e como deve ser o parceiro ideal aumentam nessa semana dos namorados. Para as mulheres, nada de pressa ou desespero: quem ajuda a unir casais avalia que a mulher está mais observadora e analítica antes de entrar de cabeça em um relacionamento sério.

Pela experiência de 16 anos a frente da Par Ideal, uma das agências mais conhecidas para quem quer um novo relacionamento amoroso, Sheila Rigler conta que, tradicionalmente, as procuras aumentam na empresa logo em seguida à data romântica, não antes dela. "É assim como no Natal, no Ano Novo. A pessoa passa a data sozinha e logo depois resolve procurar alguém", diz.

As exigências para que um candidato se torne um alvo em potencial têm se intensificado nos últimos tempos, indo muito além do perfil básico de "bonito, simpático, bem humorado e financeiramente estável".

Uma nova tendência para parte das mulheres que procuram a Par Ideal, aquelas que se interessam por futebol, é que o pretendente também goste do esporte e, mais que isso, torça para o mesmo time que ela. Caso contrário, o homem está dispensado. "Uma chegou à agência e me alertou: se não for torcedor do Coxa, não quero nem conhecer. Fotografias das mulheres usando a camisa do clube são comuns no perfil, justamente para mostrar que torcem para determinado time", conta.

Esse extremismo é "coisa de mulher", segundo a percepção de Sheila. "Homens não pedem isso. Mas a mulher pensa que o homem não vai querer acompanhá-la até o estádio, não vai deixá-la ir sozinha", observa.

Gostar das mesmas atividades costuma ser pré-requisito de quem quer arranjar um novo amor. "Homens e mulheres que praticam esportes ou que possuem animais de estimação querem encontrar alguém que também goste dessas coisas", lembra a dona da Par Ideal. "Quem não fuma geralmente não aceita fumante e essa é uma postura que tem se intensificado nos últimos anos", aponta ela.

Exigências demais, menores resultados

Moldar um perfil rígido de como deve ser a pessoa que se quer para a vida é, talvez, o principal erro de quem está sozinho. Entre os casos atendidos pela Par Ideal teve uma mulher que exigia conhecer homens que falassem, ao menos, cinco idiomas e outra que se recusava a marcar um primeiro encontro com qualquer homem que não gostasse de comida japonesa.

Nem sempre é fácil convencer a pessoa a abrir mão dessas exigências. "Às vezes as pessoas confundem uma agência de relacionamento afetivo com uma empresa de recursos humanos. As exigências são tantas que você tem que parar e tentar perceber se a pessoa realmente quer encontrar alguém, porque essas características não vão atrapalhar um possível relacionamento", analisa Sheila.

Outros pontos são consenso: homens querem mulheres com salário igual ou inferior ao dele e mulheres procuram homens que ganhem pelo menos o equivalente a ela, quando não mais. Na estatura, os candidatos também concordam: mulheres querem homens mais altos e eles se esquivam de mulheres mais altas.

Candidatos na agência

A faixa etária de quem procura uma agência de relacionamento afetivo também mudou ao longo da última década, conforme observa a proprietária da Par Ideal. "Quando abri a agência, a procura maior era de pessoas acima dos 40 anos, geralmente viúvos ou divorciados. Hoje chega muita gente jovem e solteira, dos 19 aos 38 anos. São pessoas que priorizaram a profissão e agora querem casar", relata Sheila.