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Funcionários de hospitais privados cruzam os braços

Funcionários de hospitais privados cruzam os braços

07-06-2011 Fonte: Paraná Online

Tem início nesta terça-feira (7) a greve dos funcionários de hospitais e estabelecimentos de serviços de saúde privados do Paraná. A paralisação terá início às 6h nos hospitais Nossa Senhora das Graças e Pequeno Príncipe. Somente os serviços emergenciais destes não serão atingidos. Piquetes em frente aos estabelecimentos de saúde devem marcar o início dos protestos.

Em assembleia convocada para a noite desta segunda-feira (6), o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc) definiu as estratégias para a paralisação dos serviços com início marcado para a manhã desta terça-feira (7). Segundo Isabel Cristina Gonçalves, presidente do Sindesc, a assembleia definiu inicialmente quais hospitais deverão parar.

Ao longo da semana, segundo representantes do Sindesc, outros estabelecimentos devem parar os atendimentos. Somente os serviços emergenciais devem ser mantidos, tais como os pronto-socorros e Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). "Conforme determina a lei, vamos manter ao menos 30% do efetivo", salienta Isabel. No entanto, alguns profissionais não devem aderir ao movimento grevista. De acordo com a presidente, funcionários estariam sendo ameaçados para não cruzarem os braços.

A categoria pede 28% de reajuste nos pisos, aumento real de 10% nos salários, auxílio alimentação de R$ 250 e adicional de insalubridade de R$ 737 como base. A contraproposta do sindicato patronal é de reajustes de 8,5% a 11,2% nos pisos salariais, aumento de 30% no valor do vale alimentação, além de um reajuste de 6,5% nos pagamentos.

Isabel lamenta que a maioria dos hospitais pague somente o piso, forçando profissionais de saúde a procurar outros empregos para aumentar a renda mensal. "É uma categoria que precisa se aprimorar constantemente, o que tem um custo muito alto", comenta.

A greve deve atingir a maioria dos hospitais e serviços de saúde privados. Por esta razão o Hospital das Clínicas e os postos de saúde municipais não vão aderir à greve. Isso ocorre por seus profissionais serem concursados, não tendo ligação com o Sindesc.