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Urbs nega possibilidade de apagar multas de radares

Urbs nega possibilidade de apagar multas de radares

22-03-2011

O presidente da Urbs, Marcos Isfer, foi questionado nesta segunda-feira (21) por vereadores sobre quanto vai custar para o cofre público a medida anunciada pelo prefeito Luciano Ducci de cancelar o contrato com a Consilux e transferir a gestão dos radares para a Urbs. Foi questionado também sobre a possilidade de apagar multas dos radares. Isfer disse que não sabe quanto essa mudança na gestão dos equipamentos vai custar à Urbs e garantiu que não há possibilidade de apagar multas.

Os vereadores citaram para o diretor o caso do acidente que envolveu o ex-deputado Carli filho, em maio de 2009, quando dois jovens morreram. O ex-deputado dirigia a 167 km por hora, mas o excesso de velocidade não foi registrado pelos radares. Para Isfer, a infração não apareceu porque o deputado desviou dos aparelhos.

Auditoria

Isfer anunciou ainda instauração de uma auditoria nos equipamentos e no software usados pela Consilux, empresa que administrava os radares da cidade. A auditoria será feita pelo Lactec e começará nesta terça-feira (22). Isfer convidou os vereadores para acompanharem os trabalhos na própria Urbs.

"Esta medida vai ao encontro da decisão do prefeito Luciano Ducci, que rescindiu os contratos com a empresa a bem do interesse público, e para manter a credibilidade do sistema de vigilância eletrônica", disse Marcos Isfer.

O trabalho do Lactec vai avaliar possíveis irregularidades no processamento de multas emitidas pelos radares. A intenção é descobrir se foram apagadas multas, como denunciou a reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, que motivou a rescisão dos contratos com a Consilux pelo prefeito Luciano Ducci. "O sistema possuiu marcadores que registram alguma interferência sobre o sistema de fiscalização eletrônica", disse Isfer.

Para dar mais transparência ao processo, Isfer convidou os vereadores para que acompanhem as averiguações na própria Urbs. O convite foi reforçado ao vereador Pedro Paulo, que pedia mais esclarecimentos. "As portas da Urbs estão abertas para que este processo aconteça de forma mais transparente, como forma de preservar a credibilidade do sistema de vigilância eletrônica, indispensável na preservação de vida no trânsito da cidade", disse.

Isfer afirmou que a Urbs está analisando como se dará processo de transferência do sistema de radares para a Prefeitura. Uma das formas é usar dispositivos da Lei de Licitações que permitem ao poder público incorporar os equipamentos da própria Consilux.

Segundo Isfer, a receita gerada pelas multas em Curitiba é de R$ 40 milhões, por ano.

Fonte: Banda B