11-03-2011

Centenas de trabalhadores nordestinos estão sendo trazidos para Campo Largo, para a execução de obras em grandes indústrias que estão se instalando ou ampliando suas instalações na cidade. Empresas terceirizadas que estão construindo as instalações industriais da Sig Combibloc, da Caterpillar e a ampliação da unidade da Cimento Itambé, não estão encontrando trabalhadores em números suficientes, em Campo Largo e região. Elas precisaram trazer gente de fora, para garantir a conclusão das obras nos prazos previstos.
Na Quarta-feira de Cinzas, centenas de trabalhadores
recém-chegados na cidade e ainda hospedados em hotel, no Centro, lotaram uma agência bancária para abrir a conta-salário, necessária, para assinarem o contrato de trabalho. Muitos deles reclamavam do "frio" de mais de 20 graus que fazia na cidade. "Nós vamos construir um prédio, numa fábrica grande, aqui", disse um deles que não sabia o nome da empresa. O grupo deve ficar em Campo Largo por pelo menos seis meses.
Nordeste
As empresas construtoras que estão recrutando trabalhadores do Nordeste, têm sede naquela região. Daí a preferência por trabalhadores do Piauí e Rio Grande do Norte, que estão na cidade. A maioria deles, após o período de contratação, no qual permanecem em hotéis, ficarão em alojamentos coletivos ou residências alugadas nas proximidades dos canteiros, o que facilita o deslocamento.
Apesar do "frio", do qual alguns reclamam, parte desses trabalhadores, no final de seis meses, poderão optar por fixar residência em Campo Largo, graças à fartura na oferta de vagas, nas indústrias e construtoras da cidade. Nas Lanhouse da cidade, muitos aproveitaram a manhã de Quarta-feira de Cinzas para se comunicar com os familiares, relatando suas impressões sobre a cidade e o trabalho.
Chocolate
Wilson Gomes, gerente da Agência do Trabalhador em Campo Largo, disse nesta quinta-feira, que há escassez de mão de obra em Campo Largo. Na agência existem cerca de 300 vagas em aberto, para diversas áreas. Só uma indústria alimentícia na Cidade Industrial de Curitiba, necessita de 100 trabalhadores, para contratação imediata, e procura esses trabalhadores na região de Campo Largo. "A empresa não exige experiência e após a contratação o trabalhador vai receber treinamento especializado, durante 15 dias, ou seja, ele vai aprender mas já estará contratado. Muitos serão contratados permanentemente", explicou.
A falta de mão de obra na cidade é explicada pelo gerente da Agência, pelo grande número de empresas que estão se instalando na cidade ou ampliando suas instalações, bem como pelo grande número de construções, principalmente sobrados e pequenos prédios, que demandam grande volume de trabalhadores na área de construção civil. "É exatamente esse trabalhador, o pedreiro, mestre de obras, ajudante que, chegando aqui, nós encaminhamos às indústrias para admissão imediata", disse ele.