04-03-2011
Preço da cesta básica recua em nove das 17 capitais pesquisadas
04-03-2011
Os preços da cesta básica apresentaram queda em fevereiro em nove das 17 capitais analisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), de acordo com a pesquisa divulgada nesta quinta-feira. As principais reduções nos preços dos produtos alimentícios essenciais ocorreram em Brasília (-2,02%) e Florianópolis (-2,07%).
O custo da cesta básica em Curitiba ficou 3,36% mais caro em Fevereiro de 2011 em relação a janeiro. A alta só fica atrás de Aracaju (SE), que teve aumento de 4,32% no mesmo período, segundo levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (DIEESE) nas principais capitais do país.
Apesar de ter a segunda maior alta no mês, entretanto, a cesta básica em Curitiba é apenas a oitava mais cara do País. O valor dos produtos considerados essenciais é de R$ 245,15 na capital paranaense. São Paulo, que teve a cesta básica mais cara no mês, apresentou um valor de R$ 261,18.
O tomate foi o produto que apresentou maior variação na região, com preço oscilando 26,9%. O óleo de soja (5,02%), batata (4,2%) e a banana (4,01%) foram outros produtos que também registraram aumento no período. O feijão foi o produto com a maior baixa em Fevereiro, - 7,75%. O arroz (-1,75%), a manteiga (-1,63%) e o açúcar (-1,31%) também registraram redução no período.
Mesmo com quase estabilidade (-0,03%), São Paulo continua a cidade mais cara (R$ 261,18). Porto Alegre aparece na segunda colocação (256,51), seguida de Manaus (R$ 252,75) e Brasília (R$ 250,48).
Com base no custo mais elevado apurado para a cesta básica e considerando a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima que o valor do piso em fevereiro deveria ser de R$ 2.194,18.
No acumulado em 12 meses, todas as 17 capitais pesquisadas apresentaram variação positiva, das quais apenas três registraram alta inferior a 10,0%: Salvador (6,15%), Porto Alegre (7,57%) e Vitória (9,60%). Em duas cidades, o aumento superou 20,0%: Goiânia (26,70%) e Fortaleza (20,84%).
Carne
Os preços de vários produtos de maior peso na cesta apresentaram redução em fevereiro. O principal deles, a carne, barateou em 14 capitais na comparação com janeiro, principalmente em Natal (-6,91%), Rio de Janeiro (-5,32%) e Fortaleza (-4,31%).
No confronto anual, o produto teve alta em todas as 17 capitais pesquisadas, com destaque para Goiânia (33,95%), Fortaleza (29,83%), Rio de Janeiro (27,40%) e Belo Horizonte (26,79%).
O Dieese destaca que, após um período de preços elevados provocado pela demanda internacional e a estiagem em meados do ano passado, agora com os bons pastos, há mais gado em condições de abate, o que contribui para a redução dos preços.
Já o feijão ficou mais barato em 15 capitais na comparação com janeiro. Em Porto Alegre, foi observado o único aumento (1,66%) e em Florianópolis, estabilidade. No período anual, as altas ocorreram em 16 regiões, principalmente em Aracaju (69,01%) e Manaus (51,86%).
A seca prolongada em julho e agosto atrasou o plantio e provocou a diminuição da safra, seguida de intensas chuvas que prejudicaram a colheita, ressalta o Dieese.
O arroz caiu de preço em 10 capitais no confronto com Janeiro e, em 12 meses, houve barateamento em 13 cidades. Nos últimos meses, o preço do produto tem baixado em função das boas safras, que permitem estoque regulador.