18-02-2011
Chuvas deixam dez famílias desalojadas em Campo Largo
18-02-2011
Campo Largo tem, hoje, três áreas de encostas em situação de risco. Nelas estão 60 residências, dez das quais já foram interditadas pela Defesa Civil. Os problemas mais graves estão localizados no Santa Ângela, no Jardim Rondi-nha e no Gorski. No Santa Ângela, seis casas estão interditadas, com duas famílias abrigadas na antiga creche Curumim, uma em processo de abrigo social e as demais em casas de parentes. No Jardim São Lucas, duas famílias estão desalojadas e no Gorski, mais duas famílias tiveram que deixar suas casas.
Das três mil residências localizadas em áreas irregulares, cadastradas pela Defesa Civil, 60 residências encontram-se em área de risco iminente. A Prefeitura Municipal já vem trabalhando com projeto de realocação dessas famílias, há mais de um ano. Elas serão contempladas com as casas do programa Minha Casa Minha Vida, que serão construídas esse ano no Município.
Outras 33 residências deverão ser
construídas, na sequência. A defesa Civil de Campo Largo já recebeu 50 cestas básicas, além de material de higiene e limpeza, para as famílias atingidas pelas chuvas.
Drama
O ajudante de pedreiro Juarez Sirino da Cruz (33), que residia numa encosta no Santa Angela está morando com a família no abrigo da Prefeitura Municipal, nas proximidades, onde estão outras duas famílias. Ele lembra que comprou a casa com muito sacrifício, por R$ 10 mil. "Terminei de pagar a última prestação do empréstimo que fiz pra comprar a casa, na sexta-feira. Faz dois anos que eu estava pagando e, na segunda-feira, o barranco começou a deslizar e agora eu estou novamente sem ter onde morar", explicou ele.
Já o vizinho, Julio Marcio Vieira de Oliveira, mora ali há cinco anos, com esposa e cinco filhos. Na manhã desta quinta-feira, Julio recebeu, mais uma vez, o pessoal da Defesa Civil. Sua casa foi interditada e ele aceitou se mudar provisoriamente para um abrigo, até que outra solução seja encontrada pela Prefeitura Municipal. Ele lembra que a rachadura no piso da casa já tem um ano, e que teme sair de casa e perder o pouco que tem. A família de Julio é uma das que deverão receber, com prioridade, um imóvel do Minha Casa Minha Vida.