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Dilma é sócia da herança maldita deixada por Lula nas contas públicas

Dilma é sócia da herança maldita deixada por Lula nas contas públicas

07-01-2011

O líder do PSDB no Senado, senador Alvaro Dias (PR), disse nesta quarta-feira (05) que a presidente Dilma experimenta do próprio veneno ao receber uma "herança maldita" deixada pelo governo Lula nas contas públicas. A afirmação do tucano tem como base o levantamento da ONG "Contas Abertas" que releva um estoque de restos a pagar (compromissos assumidos em anos anteriores transferidos para os exercícios seguintes) acumulado de R$ 137,5 bilhões no Orçamento Geral da União.

Segundo o "Contas Abertas", o valor, caso nenhuma dessas despesas seja cancelada, representará o dobro de tudo o que o governo pretende gastar com investimentos neste ano - R$ 64 bilhões - ou mais que o triplo do previsto para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - R$ 40 bilhões. "Dilma é sócia desse modelo de gerenciamento. Ela vai pagar pelos pecados que cometeu juntamente com Lula na gestão anterior", ressaltou Dias.

De acordo com o líder, o estudo também demonstra que os investimentos do governo federal estão comprometidos e a nova gestão está "plantando um apagão logístico de médio prazo". "Com estes restos a pagar, obviamente neste ano haverá um enorme prejuízo dos investimentos. Não é por outra razão que a própria presidente já anuncia a privatização de aeroportos", destacou.

Para o senador, esse valor exorbitante é resultado do excesso de gastos cometidos por Lula. "A herança, sem dúvida, é maldita. Trata-se de um valor que extrapola os limites do bom senso. Se em relação a União existisse a Lei de Responsabilidade Fiscal, o presidente da República teria que responder por crime de responsabilidade", destacou o tucano.

Alvaro Dias argumenta ainda que o governo parece estar sem rumo e indo na contramão de tudo que prometeu durante a campanha eleitoral, como no caso do setor aéreo. "Isso revela que o governo está inseguro em relação a sua capacidade de investir e mostra, de certa forma, que há um estelionato eleitoral. Aquilo que se disse na campanha não vale mais. Na eleição se falou apenas para conquistar votos. Não era verdadeiro, mas mistificação", avaliou.