Um caminho feito há muitos anos, mas que mudou a trajetória da vida de Inês Laczkowski de Lima, de 57 anos, na manhã da última quarta-feira (12)
Um caminho feito há muitos anos, mas que mudou a trajetória da vida de Inês Laczkowski de Lima, de 57 anos, na manhã da última quarta-feira (12). Ela, que trabalha como diarista há 16 anos e há três anos em uma casa no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba, decidiu não esperar o ônibus e ir para a casa que trabalha a pé. Chegou a cumprimentar o pessoal que trabalha nas estações tubo da região, mas, ao atravessar uma linha de trem que há no caminho, acabou sendo atingida por uma locomotiva e acabou perdendo a perna direita.
“Eu olhei para os dois lados e não tinha nada vindo. Lembro que o mato estava alto, mas eu não ouvi nenhum barulho. Lembro de ter estendido a perna para atravessar a linha e sentir o trem próximo a mim, tinha uma cor amarelo escuro. Naquele momento eu me joguei rapidamente para o mato e sentia muita dor, uma dor terrível. Eu perdi minha perna direita e dois dedos do pé esquerdo. O sol estava muito forte e eu senti uma sede imediata. Rapidamente, o pessoal que estava na região veio me socorrer e chamou atendimento médico”, relatou dona Inês à Folha de Campo Largo. “Se eu não tivesse tido essa atitude de me jogar no mato na hora que eu percebi o acidente, muito provavelmente eu teria morrido”, acrescenta.
Ela lembrou que no momento pediu para uma das pessoas que a auxiliou ligar para a dona da casa que ela trabalha, mas acabaram ligando errado e a primeira a receber a notícia do acidente foi uma amiga que mora em São Paulo. “Foi um choque muito grande para a minha família, porque essa minha amiga que ligou para a minha filha avisando.”
Dona Inês foi encaminhada ao Hospital do Trabalhador, em Curitiba, onde permanece internada – até esta quarta-feira (19). “Eu sou ligada no 220 (sic). É difícil ficar aqui, porque eu trabalho em dez casas, então eu penso nas famílias que eu atendo, nas contas que irão chegar no próximo mês, em muita coisa. Já passei por procedimentos médicos, estão esperando uma cicatrização para me liberarem, mas virá pela frente uma vida bem diferente, terei que fazer fisioterapia e, no futuro, poderei colocar uma prótese, mas até lá, muita coisa irá mudar”, afirma.
Para auxiliá-la neste momento, a família criou uma Vakinha on-line, solicitando à população que realize doações para que ela possa pagar as contas imediatas e o aluguel da casa que mora há dez anos. O link para realizar doações é este: https://www.vakinha.com.br/5357263.