As estatísticas mostram que os brasileiros estão optando cada vez menos casar no Registro Civil ou na igreja
As estatísticas mostram que os brasileiros estão optando cada vez menos casar no Registro Civil ou na igreja, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o censo de 2019 mostrou que tivemos uma queda no número de casamentos, cerca de 28,8 mil a menos que em 2018, representando uma queda de 2,7%.
“Nós escolhemos casar”
Luiz Gustavo da Cruz, que está casado há um ano e meio com Laís, fala da importância das fases no relacionamento. “A fase do namoro é a fase mais importante, porque é o momento em que você realmente irá conhecer a pessoa, identificando seus princípios, valores e conduta, é o momento que você vai escolher a pessoa que irá passar o resto da sua vida, expor o sonho de cada um e realmente ter certeza que quer viver esses sonhos juntos, observar como essa pessoa é com sua família e pessoas mais próximas, pois a mesma forma que trata seus familiares será a forma que você será tratada (o) futuramente.”
Ele conta como foi desde que conheceu Laís até seu casamento. “Nós nos conhecemos na Igreja Bola de Neve, em 2018, quando comecei a frequentar. Em 2019, começamos um período de oração de seis meses, entre o final de julho de 2019 até janeiro de 2020, sendo um tempo para nos conhecermos melhor perante a visão da igreja.”
Revela ainda os motivos pelos quais escolheu casar. “Eu e a Laís temos o entendimento que casamento é um propósito, uma aliança verdadeira, de constituir uma família e fazer a vontade de Deus para nossas vidas, oficializando diante de Deus e dos homens. Acreditamos que o casamento é a melhor opção para se unir, sonhar e crescer juntos”
União estável
Andreia Druciak conta sua experiência de 23 anos em uma união estável com André Peruzzo. “Começamos a namorar muito jovens, não tínhamos a pretensão de casar ou morar juntos. No entanto, a nossa relação foi se formatando de uma maneira não planejada.” E complementa falando dos motivos que não casou. “A ideia de oficializar nossa relação às vezes passava por nossa cabeça, mas de uma forma tranquila, leve, sem cobrança. Porém, os anos foram passando e percebemos que em nada mudaria se fosse oficializado ou não o nosso casamento”.
Ela conta que ela e seu companheiro optaram por não casar, mas que respeitam aqueles que oficializam, afinal vieram de famílias que seguiram essa tradição, e explica o que faz com que a união estável tenha uma longa duração. “Amor, paciência, respeito, dedicação ao relacionamento, amizade, cumplicidade, companheirismo e admiração pelo outro são elementos indispensáveis para que o relacionamento resista aos desafios do dia a dia por tantos anos.”
Divórcio
Em contrapartida, o número de divórcios aumentou 200% nos últimos 20 anos, segundo o IBGE. Embora os dados não tenham uma relação direta, mas uma pessoa que preferiu não ser identificada, mas usaremos o nome fictício de Marina, retratou a experiência vivenciada. “Eu namorei durante oito anos, após um tempo já vivíamos um na casa do outro. Nós não dormíamos separados um dia sequer. Foi então que surgiu a ideia de morar junto, mas foi muito difícil e acabamos nos separando.”
Marina relata que o que causou sua separação foi uma série de fatores: “Além da falta de confiança um no outro, não me sentia totalmente segura por não estar casada. Nas primeiras brigas, eu já queria sair de casa, afinal não éramos casados, era muito fácil voltar a realidade de morar com meus pais”, completa.
Conselho para casais
Independente da escolha feita pelos casais, Andreia dá uma dica para os relacionamentos. “Lembrar sempre o porquê se escolheram e mantenham sempre planos juntos, respeitando a individualidade um do outro.”