Candidatos a deputado estadual e federal respondem ao Sindivarejista e apresentam propostas.
A Folha está divulgando, a cada semana, a pergunta de uma entidade representativa na cidade direcionada aos candidatos registrados a deputado estadual e deputado federal que morem na cidade. Em parceria com a Acicla, o jornal incentiva a campanha #votecampolargo, para que os 91.307 eleitores locais avaliem as propostas e a possibilidade de eleger um representante da cidade a nível estadual e federal. Isso pela importância de trazer mais recursos e maior representatividade política para o desenvolvimento do município.
PERGUNTA ENVIADA PELO SINDIVAREJISTA:
Foi realizado contato com todos os candidatos locais e segue abaixo as propostas enviadas. O que você pretende apresentar para empresas do Simples Nacional, visto que esse tipo de empresa gera o maior número de empregos?
Christiano Puppi (Progressistas - 11025)
Falar em Simples Nacional é falar em desburocratizar ao máximo, facilitando a vida das empresas. Dessa forma, buscar mecanismos para uma possível unificação de impostos para que a empresa não necessite, a todo momento, fazer procedimentos de substituição tributária, ainda mais devido às diferenças de ICMS’s entre Estados; fazer da Junta Comercial uma certificadora pública, criar em parceria com o Sebrae, um certificado digital, criando parcerias com as 399 prefeituras, usando a fé pública dos funcionários, dando um novo significado à Junta Comercial, trazendo valores subsidiados para as empresas do Simples Nacional e gratuito para MEI´s e, também, buscar junto à Comec, a modernização de seus decretos - já ultrapassados - das APA´s, buscando a desafetação de regiões já consolidadas e proporcionando a abertura de novas empresas para gerar emprego e renda dentro dos municípios.
Doutor Renato (PTB – 14024)
Entendo que todo projeto que possa beneficiar um município potencializando a sua infraestrutura local deve ser objeto de estudo e fiscalização para a sua elaboração e correta implementação. A elaboração de projetos de melhoria da mobilidade urbana e acessibilidade, por exemplo, são investimentos que podem melhorar a circulação de pessoas e veículos em uma localidade, fazendo com que as empresas possam escoar seus produtos com facilidade e receber clientes no seu estabelecimento sem quaisquer barreiras.
Logo, questões que envolvem a mobilidade urbana tem relação direta com o comércio de varejo! Pesquisas recentes do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) realizadas entre os anos de 2018 e 2019, apontaram que os clientes evitam locais com falta de estrutura, transporte e estacionamento facilitados. Por outro lado, calçadas bem construídas, acesso a ciclovias e vias urbanas pavimentadas e bem-sinalizadas, transporte coletivo de qualidade, presença efetiva da segurança pública, atraem as pessoas.
Prof. João Paulista (PT – 13444)
O Simples Nacional foi criado pela Lei Complementar 123/2006 para beneficiar as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Aqui no Paraná temos uma importante instituição que é a Fomento Paraná. A Fomento Paraná faz financiamentos a juros mais baixos que os praticados por outras instituições. A principal fonte de recursos vem do BNDES, subordinado ao Governo Federal.
No período de 2022/2023 vieram cerca de 150 milhões. O deputado estadual pode legislar apenas no âmbito estadual. Dessa forma, podemos atuar junto aos deputados federais e ministérios na busca por mais recursos, atendendo mais empresas e num volume maior. Mudanças na legislação do Simples Nacional, que venham a beneficiar esse segmento, podem ser discutidas junto aos deputados federais.
Sargento Leandro (Solidariedade - 77190)
Precisamos de políticas públicas que favoreçam a livre iniciativa e a liberdade econômica. Infelizmente, mesmo após o surgimento da Lei Federal da Liberdade Econômica, ainda assim o nosso Estado não avançou de forma satisfatória na desburocratização e simplificação de abertura de empresas. Entendo que precisamos ampliar de forma significativa a classificação de segmentos isentos de alvarás e licenças, facilitando a abertura de empresas reduzindo o custo e o tempo dos procedimentos para o início da atividade empresarial.
Além disso, é essencial implantarmos políticas públicas de incentivo na contratação de jovem aprendiz pelas empresas do Simples Nacional, como por exemplo, a concessão de subsídios às empresas que contratarem aprendizes, o que resultará no maior número de jovens inseridos no mercado de trabalho, evitando que estes caiam no mundo do crime, e de quebra reduzirá os gastos das empresas com a folha salarial.
Marcilene Soares (Republicanos – 10055)
Minha principal proposta é justamente criar políticas públicas para atender os microempreendedores individuais e empresas de pequeno e médio porte. Durante vários anos atuei como voluntária em associações de empreendedores, e observei a dificuldade em vários aspectos. Após análise destes aspectos, minha proposta é criar o Código de Defesa do Empreendedor e o Núcleo de Atendimento ao Empreendedor, de maneira itinerante.
O Simples Nacional é um regime tributária muito interessante, mas acredito que poderia ser menor no tocante as alíquota, em especial nas prestações de serviços, que envolve o ICMS e o ISS.
Para finalizar observo que há necessidade de flexibilizar o parcelamento de débitos, com a redução do valor mínimo da parcela e quantidade maior do parcelamento, assim as empresas terão condições de manter e consequentemente gerar empregos para população campo-larguense.
Jefferson Pallu (Novo – 30022)
Por muitos anos em minhas empresas, PALLU Teleinformática e FIBRANET Teleinformática (ambas do ramo de Telecom), utilizei o modelo Tributário no Simples Nacional, empregando e dando oportunidade a inúmeros colaboradores. Não poderia deixar de lado, trabalhar em favor das melhorias para tantas empresas dos diversos ramos e atividades.
A cidade de Campo Largo, conta hoje com muitas empresas ativas, sendo destas 82% no regime do Simples Nacional, empregando milhares de colaboradores diretos, além dos indiretos. Leis para dar suporte às empresas, desburocratizar e a mínima interferência do estado, conseguiremos criar mais postos de trabalho, com programas e linhas ao crédito. Pensar em Campo Largo e nos demais municípios do Paraná, prosperos e que possuam muitas oportunidades, passa pelo suporte e planejamento a longo prazo do governo do Estado. Serei o representante na ALEP para tornar nossa cidade e Estado próspero e sustentável para os próximos anos. Com planejamento, vamos juntos fazer um Paraná e uma Campo Largo Rumo ao Futuro.
Nelsão da Força (PT – 13369)
Minha proposta para auxiliar os micro e pequenos empresários é trabalhar pela redução dos impostos estaduais como ICMS e taxas do Detran, como o IPVA. Outra proposta é lutar pela desburocratização não só junto ao Estado, mas também aos municípios, para simplificar as regras e trâmites não só para abertura como para o encerramento de empresas. Ao lado disso, propor a valorização da mão de obra e manutenção de empregos de qualidade em troca da isençãodiminuição de impostos.
Ao mesmo tempo é dever também dos deputados estaduais pressionarem seus colegas de Brasília e os governos estadual e federal pela reforma tributária baseada na renda e não no consumo. Também procurar a implementação de regra para a elevação anual do teto para o enquadramento no Simples Nacional, medida que permitirá que mais pessoas possam se beneficiar das regras do Simples Nacional. Incentivar o micro e pequeno empresário é gerar emprego e crescimento para o Brasil.
CANDIDATOS A DEPUTADO FEDERAL
André Gabardo (Podemos – 1908)
As empresas que operam pelo Simples Nacional são as grandes geradoras de emprego direto no Brasil. Aqui em Campo Largo tínhamos uma situação em que a taxa de renovação do alvará era cobrada anualmente de forma indevida, visto que já havia lei federal que desobrigava essa cobrança das empresas que operam como MEI. Através de uma Indicação de Projeto de Lei em co-autoria com o Vereador Dr. João Freita, houve a alteração do Código Tributário Municipal, e o valor deixou de ser cobrado dos empreendedores.
Penso que precisamos fortalecer cada vez mais o Microempreendedor Individual e conceder a ele todas as condições para desempenhar o seu trabalho.
Daiana Klemtz (AGIR - 3666)
Na primeira pergunta há algumas semanas falei de um projeto aos microempreendedores e, certamente, poderemos estender às empresas do Simples Nacional: incentivo e capacitação aos empresários (MEI, micro e pequenas empresas) criando espaços colaborativos - pontos de referências dentro das rotas turísticas - para expor e vender o produto, além de gerar reconhecimento da marca.
Não necessariamente só com rotas turísticas. Porém, como o turismo abrange todos os setores (primário, secundário e terciário) ele engloba muitos produtos e serviços os quais alcançam níveis significativos do comércio na região. Ressalto que, enquanto deputada federal, serei a voz dos cidadãos no Congresso. Quero fazer uma política limpa, transparente e onde as pessoas tenham acesso com suas ideias e projetos para que eu possa levar adiante.
Gustavo Strapasson (PSC - 2055)
O Simples Nacional basicamente é um regime unificado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos para microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), que inclui uma única guia de pagamento, oito tributos municipais, estaduais e federais.
Sabe-se, pelo Sebrae, que mais de 12 milhões de empresas já aderiram ao Simples Nacional desde que entrou em vigor em 2007. Entretanto, existem fatores impeditivos sobre quais empresas podem aderir ao Simples Nacional, com restrições de receita bruta anual tanto para MEIs, quanto para EPPs. Além disso, apenas atividades taxativas são permitidas nesse regime de tributação, havendo inclusive proibições de certas atividades optarem por esse regime tributário.
Eleito, pretendo unir esforços para ampliar o teto de arrecadação anual, como também, possibilitar que outras atividades possam aderir ao Simples Nacional. Isso facilitará efetivamente a vida dos empresários brasileiros, além de criar mais emprego e mais arrecadação.
Aroldo Martins (Republicanos – 1010)
O Simples Nacional deve ter a maior atenção por parte do Executivo e só Legislativo em facilidades de linha de crédito a fundo perdido sem garantias bancárias.
Projetos de startups devem ser incentivados com juros baixinho.
Capitão Alves (PSDB - 4590)
Incentivar a elisão fiscal e coibir a evasão fiscal através da manutenção da legislação vigente, e a qual atende as expectativas da maioria dos optantes por este regime tributário, por certo atentos a possíveis evoluções e demandas legais apresentadas pelo empresariado. Por óbvio nosso posicionamento será sempre in bonam partem!