Sexta-feira às 01 de Novembro de 2024 às 12:24:56
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Autuações ligadas a uso de celulares e falta de cinto de segurança crescem em Campo Largo

Número de atropelamentos dobrou, considerando dados de 2021 e 2022; colisões também aumentaram em 2022

Autuações ligadas a uso de celulares e falta de cinto de segurança crescem em Campo Largo

Dados que devem deixar os motoristas alertas. Nesta semana, o Departamento de Trânsito (Deptran), por meio da Secretaria de Ordem Pública, divulgou à Folha de Campo Largo o número de autos de infração expedidos pela Guarda Municipal entre 2021 e 2022, no período de janeiro a junho, e surpreendem pela quantidade.

O documento traz que grande parte das autuações acontece por motoristas manuseando o aparelho celular enquanto dirige, o que é uma é infração gravíssima, com 07 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa de R$ 293,37. Vale lembrar que mesmo que o aparelho esteja no viva voz ou se o motorista está parado no sinal vermelho é considerada a infração. Outra autuação frequente é quanto à falta de uso de cinto de segurança – tanto pelo motorista, como pelos passageiros – o que é considerado uma infração de natureza grave, prevista no Artigo 167 do CTB. O condutor pode ser punido com multa de R$ 195,23 e perda de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
“Esses são casos recordistas de autos de infração emitidos pela Guarda Municipal e há casos que flagramos as pessoas cometendo as duas infrações simultaneamente. Para os casos de cinto de segurança, também vemos passageiros de táxis, Uber e outros serviços de transporte sem utilizar. É sempre importante o motorista alertar sobre o uso deste equipamento de segurança. Motoristas e passageiros de caminhão também são flagrados com frequência sem utilizar o cinto”, explica o comandante da Guarda Municipal, Marcos Leitão.

Ele acrescenta que há a percepção que motoristas colocam o cinto nos pontos de saída da cidade, principalmente quando se aproximam da rodovia sentido Curitiba. “Além do risco da rodovia, há pessoas que acham que por Curitiba ser capital tenha um trânsito mais intenso, necessitem mais do cinto do que em Campo Largo. Isso é um engano, pois o cinto de segurança faz diferença em todos os acidentes, na preservação da vida do condutor e do passageiro”, reforça.
Com um trânsito cada vez mais complexo, o comandante comenta que é importante que o motorista fique atento às sinalizações disponíveis nas ruas da cidade e também porque estão acontecendo algumas mudanças significativas. “A Prefeitura está cuidando para deixar o trânsito seguro para todos os motoristas e pedestres. Há sinalização em perímetros de obras e também em locais onde o sentido mudou. Nós temos uma frota estimada de 80 mil veículos em Campo Largo, somando aos que vêm de fora ou não têm registro na cidade, este número pode passar de 90 mil, por isso essa maturidade no trânsito é essencial a todos”, completa.

Vamos aos números
É importante salientar que em 2021 a sociedade atravessava um momento de pandemia, com restrições ao acesso de várias atividades e a necessidade de se manter em isolamento social, o que pode ter contribuído para números mais baixos neste período. Neste ano, nenhum mês – até junho – marcou menos de 100 autos emitidos pela GM.

No mês de janeiro de 2021 foram emitidos 80 autos, enquanto neste ano foram 283. Em fevereiro foram 75 autos no ano passado e 350 neste ano. No ano passado, os meses de março e abril somados resultaram em 94 autos emitidos – sendo 33 em março e 61 em abril – enquanto somente em março deste ano foram 448 e em abril mais 421.

No mês de maio acontecem as tradicionais campanhas de conscientização para a sociedade ter um trânsito mais seguro, o Maio Amarelo. Além disso, em maio de 2021 foi decretado o funcionamento do comércio não essencial em capacidade de 50%, das 09h às 19h, não podendo abrir aos domingos e feriados. Nesta época foram registrados 262 autos e neste ano 715 autos emitidos.
Em junho do ano passado foram emitidos 70 autos e em 2022 o maior número da planilha fornecida à Folha, com 1.252 autuações.
Até a última quarta-feira (31 de agosto), quando os dados foram fornecidos à Folha de Campo Largo, em 2022, 1556 autos haviam sido feitos por deixar o condutor de usar cinto de segurança, sendo que no mesmo período em 2021 foram 221 autos. Dirigir usando o aparelho celular em 2022 foram 284 autos, enquanto em 2021 foram 65 e transporte de criança sem segurança estabelecida neste ano foram registrados 206 autos, no ano passado apenas 23.

Colisões
O que também cresceu foram os acidentes neste primeiro semestre, conforme indicam os dados registrados pelo Corpo de Bombeiros entre os meses de janeiro a agosto deste ano. Lembrando que colisões não quer dizer necessariamente a existência de vítimas com ferimentos leves, moderados ou graves no acidente.

Somente neste período, em toda a cidade, foram registrados 181 colisões entre veículos – carros, motocicletas, ônibus e caminhões entram na contagem. Foram ainda registrados 13 colisões contra anteparos e 20 capotamentos. Um dado que impressiona são os 31 atropelamentos registrados neste período.

Em comparativo, o mesmo período do ano passado registrou 118 colisões entre veículos em toda a cidade. Foram 12 colisões contra anteparo e 15 capotamentos. Um dado que chama atenção é de atropelamentos, visto que no ano passado foi registrado metade do sofrido em 2022, com 16 registros.