Na última semana, os campo-larguenses ficaram chocados com a notícia do atropelamento de quatro éguas – uma inclusive estava prenha – na madrugada do dia 07 de agosto.
Na última semana, os campo-larguenses ficaram chocados com a notícia do atropelamento de quatro éguas – uma inclusive estava prenha – na madrugada do dia 07 de agosto. Estima-se que os animais foram atropelados perto das 04h da manhã, na pista da antiga BR-277, nas proximidades da Serro Carrocerias. No local, baixa visibilidade foi relatada pela Ong, além de chuva, o que dificultou para o motorista enxergar o que estava à frente.
“As quatro éguas morreram. Uma já estava morta no local do acidente, as demais acabaram morrendo horas depois, embora nossos esforços em salvá-las. O proprietário destes animais foi identificado já no dia do atropelamento, embora negasse que as éguas eram dele. Ele foi conduzido e está sendo processado na Vara Criminal por omissão de cautela que resultou em acidente de trânsito e dentro de alguns dias deve acontecer o julgamento. Nós investimos R$ 9 mil no tratamento destes animais, mas infelizmente não conseguimos salvar nenhuma. Foi uma situação muito triste”, relata Mari Mazzon, protetora da SOS 4 Patas.
Ela comenta que a SOS 4 Patas recebe diariamente cerca de 20 a 30 ligações relatando situações de maus-tratos e abandono – principalmente – de animais, de todos os portes. “Grande parte das denúncias ainda são de Campo Largo, embora tenhamos atuação em outras cidades também. A situação da falta de cuidado com os animais, animais deixados doentes até morrerem, sem tratamento adequado, piorou muito e recebemos muitas denúncias referente a isso. Além dos abandonos, que infelizmente são recorrentes”, completa.
Hoje, há cerca de 230 animais, que aguardam um lar, por meio da adoção consciente, onde grande parte são filhotes, visto que há pessoas que abandonam ninhadas inteiras. Os gastos apara manter de 200 a 220 animais em hotéis, visto que a Ong não possui sede própria, gira em torno de R$ 40 mil, além dos gastos com tratamentos veterinários, que chegam a R$ 100 mil, dependendo do mês e da gravidade em que os animais são resgatados.
“Quanto a animais de grande porte, nós recebemos mais denúncias sobre eles estarem soltos próximo à pista. Também há casos de animais mau tratados por seus donos. Quando precisamos recolhê-los, temos que deixá-los em cocheiras, até que eles são adotados por pessoas comprometidas em cuidar deles. Nesta semana ainda recebemos denúncia de animais soltos. Quem é proprietário de animal de estimação, seja ele pequeno ou grande, deve ter a consciência de sempre deixá-los em locais seguros, não deixar portões abertos para que fujam, pois oferece risco a toda a sociedade, não somente ao animal”, indica.
Ações
Como os custos de tratamento são altos, a instituição ingressa com ações para reaver os custos em clínicas veterinárias, por conta de omissão do dono do animal. “Nem sempre conseguimos reaver o valor integral, mas uma porcentagem do valor já ajuda a continuarmos com este trabalho e a pagar algumas dívidas. Geralmente são ações na Vara Civil, em que o dono é denunciado e obrigado pela Justiça a devolver um valor estipulado”, comenta.
Ainda assim, a Ong necessita de auxílio dos paranaenses para continuar com o trabalho. Para ajudar por meio de Pix, basta transferir para o CNPJ 40.911.164/0001-95. Eles possuem um site com informações referente a resgates, adoções, vakinha online e sorteio de um Kwid no sorteios.institutosos4patasparana.org. Mais informações pelas redes sociais @sos4patas.pr e @adocaosos4patas.pr.
Neste domingo (21) será realizado o Bazar SOS 4 Patas, das 08h às 15h, no Centro Esportivo Arlindo de Castro, na Rua Oswaldo Cruz, 1636, no Centro. Serão aceitos pagamentos via pix, débito, crédito e parcelamento no cartão – taxa de parcelamento por conta do comprador.