Inaugurou na terça-feira (07) a obra “Paraná Minha Terra” no Canal da Música, em Curitiba. A obra foi feita pelo campo-larguense Toto Lopes, e que se inspirou principalmente na vivência no interior. A obra tem 22 metros de comprimento por 4,60m de altura.

“Eu sempre gostei dos Pinheiros, pinhões e a cultura do Paraná. Nasci no Paraná e é uma inspiração para mim. O povo, as culturas diversas, os biomas, que são elementos que tenho levado nas minhas obras. As cores todas são pensadas para valorizar cada sentimento”, declara Toto à Folha de Campo Largo.

Ele cita que o Pink, por exemplo, é a valorização das mulheres em nosso estado; já o verde representa tanto os biomas, como o alimento. O amarelo são os minerais, o azul a água, o laranja estimula a criticidade, então tudo tem seu significado. Os elementos retratam cada pessoa, cada profissional, a Cultura, a família do campo, os tropeiros, a história do Paraná, e além de falar um pouco do Canal da Música também.

Ele revela ainda que tudo começa com um pré-projeto, após este processo de elaboração, Toto esboça na parede e inicia a pintura de cada elemento à mão livre. “Não sei se é tendência, mas sempre pintei em paredes para harmonizar os ambientes, deixando-os mais alegres e com significados da obra de arte produzida. Sempre fiz painéis e amo fazer esse estilo de arte. Creio que hoje é mais valorizado como arte”, comenta.

“O pinhão é a semente, significa a vida, o futuro de um mundo melhor. Como o pinheiro, empoderado e forte, como exemplo para nós. Gosto muito do triângulo e gosto de usar a geometria na obra. Traz uma sensação de equilíbrio e no mesmo tempo desiguais. Como nasci em Campo Largo, a capital da Louça, fiz uma xícara na obra também”, completa.
Anos de experiência e reconhecimento

São 25 anos que Toto se dedica à Arte. Tudo começou quando aos 12 anos participou de uma oficina de Artes Plásticas em um projeto. “Sempre trabalhando e levando a Arte no paralelo, até que um dia comecei a trabalhar com arte, sempre me identifiquei com as causas sociais, comecei a usar a minha arte como ferramenta de inclusão social. Até hoje dou aula em comunidades com muito índice de violência ou muitas crianças com vulnerabilidade social. Faço vários projetos, usando leis de incentivo e levando oportunidade para aqueles que precisam”, diz

Toto se declara um “artista plástico autodidata”, fez alguns cursos de complementação e já possui várias obras espalhadas pelo mundo. “Tenho vários murais em lugares importantes, esculturas e quadros também. Dez obras minhas fazem parte do acervo artístico do Paraná, Palácio Iguaçu, sendo uma delas a minha obra Acaé Azul, em que cópias delas são presenteadas pelo governo do estado do Paraná, para autoridades internacionais, motivo de muito orgulho”, finaliza.