O evento Festival de Comédia na Casa da Cultura, levou muitos campo-larguenses de volta ao contato com a Arte após dois anos de pandemia em um ambiente classificado como teatro. A apresentação contou com lotação máxima permitida e, como diz o secretário de Cultura, Esporte e Lazer de Campo Largo, Gustavo Torres, provavelmente encheria uma sessão extra facilmente, caso tivesse acontecido.

O Festival de Comédia foi realizado por meio da Lei Aldir Blanc, um recurso junto ao Fundo do Governo Federal disponibilizado para administração do município na área de Cultura. Anterior à criação da secretaria específica para este assunto, poucos artistas participaram do edital aberto, o que resultou em uso de aproximadamente 10% do valor disponibilizado. Então, foram estudadas maneiras de flexibilizar o acesso ao financiamento cultural, dentro do que a Lei permite, e foi vista uma adesão maior.

“Com a criação da secretaria, há aproximadamente oito meses, fizemos uma grande movimentação neste setor para incentivar a busca dos artistas por parte da Lei Aldir Blanc. Hoje utilizamos cerca de 50% da verba disponibilizada para a cidade, sendo cerca de R$ 400 mil voltados para financiamento de projetos culturais, voltados ao teatro, música, oficinas, entre outros. Neste edital, procuramos desburocratizar ao máximo o processo para que a adesão seja maior. Atualmente são 46 projetos financiados e apenas um reprovado, mas que chegamos a abrir a possibilidade de reenvio da proposta para uma reavaliação”, retrata o secretário.

Há ainda uma dificuldade para entender quais projetos podem ser contemplados ou mesmo como montar e submeter uma proposta, mas Gustavo ressalta que todas as dúvidas podem ser tiradas diretamente na Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer.
“Na pandemia de Covid-19 tivemos muitos artistas que enfrentaram grande dificuldade de trabalho e financeira, visto que essa foi uma área grandemente afetada. Temos conhecimento de pessoas que acabaram deixando o trabalho no meio artístico para procurar emprego em outros setores. Hoje, com a flexibilização do momento em que vivemos, podemos perceber que há uma procura maior do público por essas atividades que muitas vezes ajudam a transformar vidas”, comenta.
O secretário comenta que existem três chamamentos públicos que serão realizados em breve na cidade e que envolvem também o terceiro setor, para abertura de parceiras em eventos e oficinas. Há uma série de leis que possibilitam a participação de empresas privadas, por meio do patrocínio de projetos, que podem fazer com que mais oportunidades surjam na cidade.
“Esperamos que tanto a Lei Aldir Blanc, como a Lei Paulo Gustavo – que ainda precisa ser sancionada -, tragam recursos para os municípios, para que possamos fazer muitas ações e financiar pequenos artistas, músicos e atores que precisam. Estamos estudando maneiras para que tenha cobrança de ingressos – hoje a Casa da Cultura não permite que essa cobrança aconteça - e que parte desse valor arrecadado vá para o Fundo de Cultura, para que possamos fazer mais investimentos nesta área. Há muitos projetos que estamos estudando e esperamos desenvolver em Campo Largo”, acrescenta.

Paixão de Cristo
Faz parte da agenda municipal a apresentação da Paixão de Cristo, a ser realizada no Parque Cambuí, na noite de 15 de abril de 2022, Sexta-Feira Santa. O evento contará com mais de 200 atores e tem a organização da Graça Church. “Este é um evento que já aconteceu no início da gestão do Marcelo Puppi e do Mauricio Rivabem e será retomada. A organização se inscreveu na Lei Aldir Blanc, e conseguimos essa liberação para custeio de figurino, aluguel de equipamentos, entre outros”, conclui.
Mais informações sobre o evento “Paixão de Cristo” a ser divulgado nas próximas edições da Folha de Campo Largo.