Um pequeno guerreiro. Assim pode ser definida a história de Bryan Ladanhi Pereira, de apenas 6 meses e que na última terça-feira (15) passou por um transplante de fígado.
Um pequeno guerreiro. Assim pode ser definida a história de Bryan Ladanhi Pereira, de apenas 6 meses e que na última terça-feira (15) passou por um transplante de fígado, no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba.
A mãe, Ana Beatriz Cabeça Ladanhi, contou que quando nasceu Brayan era branquinho, mas no segundo dia de vida já apresentou a coloração amarela no corpo. “Quando saímos do hospital e estávamos com uma semana em casa levamos ele ao médico, ele disse que era normal e falou pra colocarmos ele no sol da manhã. Fizemos isso até o primeiro mês, levamos novamente ao mesmo médico, que reafirmou ser normal. Voltamos para casa e continuamos a colocar ele no sol da manhã. Mas, quando faltava poucos dias pra completar dois meses, conseguimos uma consulta particular com uma médica, que passou vários exames.”
A mãe relembra que quando saíram os resultados dos exames a médica indicou que o menino poderia ter atresia de vias biliares (AVB). Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), AVB é uma doença do fígado e ductos biliares que ocorre em recém-nascidos. “As células do fígado produzem um líquido chamado bile, que ajuda na digestão de gorduras e carrega algumas substâncias para serem eliminadas pelo intestino através de ductos biliares.
Na AVB ocorre uma inflamação destes ductos, levando a uma obstrução progressiva dos mesmos. A bile fica retida no fígado, provocando rapidamente dano hepático, que pode evoluir para cirrose e óbito, caso não seja tratada precocemente. É a causa mais comum de transplante hepático em crianças”, define a SBP.
“A médica nos encaminhou para uma gastropediatra, que pediu mais exames. Nós não conseguimos realizar todos, então fomos encaminhados para o Hospital Pequeno Príncipe, onde ficamos internados por 27 dias, para fazer exames e biópsias para descobrir o diagnóstico concreto”, relata.
Transplante
Ao ter o diagnóstico de que era a AVB realmente, à família foram apresentadas duas formas de tratamento, ou com cirurgia simples ou transplante. “Fizemos a biópsia, deu que ele estava com fibrose de grau três no fígado; ele estava bastante doente. Começamos a fazer acompanhamento sempre, depois que recebemos alta, na rotina de exames e consultas”, relembra.
A mãe e o pai de Brayan se submeteram então aos exames para saber quem era compatível e doaria o fígado para o bebê. O Bryan e a mãe, Ana, eram compatíveis, mas não foi possível que ela fosse a doadora. “Em conversa com a cirurgiã, ela perguntou de quem teríamos ajuda pra cuidar do neném e de mim no pós operatório. Estava certo que meu marido e eu daríamos conta de tudo, mas a cirurgiã disse que não poderia ser feito dessa forma, precisaríamos de mais pessoas. Chegamos a explicar que não tínhamos ninguém disponível da nossa família, pois todos têm crianças pequenas ou trabalham, além de morarem a 500 km de Campo Largo. Foi quando ela sugeriu dele receber um órgão cadavérico. Concordamos e ele foi listado na fila. Em menos de uma semana, com graça de Jesus Cristo apareceu um doador. Ele fez o transplante na terça-feira e está se recuperando na UTI”, conta.
Ajuda
Brayan toma o leite Pregomin Pepti, que custa de 150 reais a 200 reais. A lata de leite dura apenas quatro dias, e ele não pode tomar nenhum outro além desse, por conta do seu tratamento, resultando na compra de 12 a 15 latas de leite por mês. Ele também precisa de equipos para passar o leite pela sonda.
As doações acontecem pelo site https://campanhadobem.com.br/campanhas/todos-juntos-pelo-brayan. Mais informações, entrar em contato com a mãe, pelo telefone (44) 99830-6692.