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Comunidade Ucraniana de Campo Largo se une em oração e auxílio a país em guerra

Cenas tristes infelizmente se tornaram comuns em um país tão encantador quanto a Ucrânia.

Comunidade Ucraniana de Campo Largo se une em oração e auxílio a país em guerra

Cenas tristes infelizmente se tornaram comuns em um país tão encantador quanto a Ucrânia. Desde o dia 24 de fevereiro, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, o mundo acompanha aflito todo o desenrolar da história, mas na Comunidade Ucraniana de Campo Largo, que tem familiares e amigos morando no país atingido, essa atenção é redobrada.

Em Campo Largo, 96 famílias estão cadastradas na Comunidade Ucraniana, mas a estimativa de descendentes é superior a este número. Segundo a integrante ativa da Comunidade e descendente ucraniana Lidia Halatiki de Faria, algumas das pessoas que pertencem à Comunidade possuem familiares na região e amigos. “Eu tenho amigos na região e as conversas com eles têm sido algo cada vez mais difíceis. Nos falamos pelo Facebook, mas há uma demora em conseguir respostas deles. Além do contexto em que eles estão, há diferença de horário, por causa do fuso, o que deixa a comunicação ainda mais difícil.”

Ela conta que o povo ucraniano é bastante patriota e por isso há muitos civis dispostos a lutar pelo país. Inclusive cita que o próprio hino faz a referência quando diz “Lutaremos de corpo e alma pela liberdade/ Somos irmãos Cossacos, mantendo nossa integridade!”. “Conhecemos pessoas que estão lutando. O padre que realiza as missas na nossa comunidade contou que um primo dele está lutando na guerra. Tivemos a oportunidade de conhecer um artista ucraniano que veio para Curitiba e soubemos que ele também está defendendo a Ucrânia. Já tivemos conhecimento também de ‘vózinhas’ que estão voluntariamente cuidando destas pessoas que estão lutando e levando alimentos para eles. São homens e mulheres mobilizados para defender o país que tanto amamos. É muito triste precisar acompanhar tudo isso”, acrescenta.

A história que vemos hoje remonta o passado. Lidia relembra que o avô veio da Ucrânia aos 15 anos, em um contexto de refugiado da guerra, quando em meio a violências e batalhas, a família deixou tudo para trás e veio para o Brasil. “Jamais imaginamos presenciar novamente cenas de guerra como nossos avós contavam para nós. Eu, particularmente, não conheço a Ucrânia ainda, não viajei até o país, mas basta uma pesquisa rápida para ver que é um país maravilhoso, com belíssimas construções que estão vindo abaixo por conta desta guerra. O pior é o grande sofrimento que as famílias enfrentam, ao terem pessoas separadas daqueles que as ama e protege para conseguir sobreviver, se refugiar e deixar tudo para trás. É algo inimaginável”, diz Lidia.

Ela comenta ainda que pela alta repercussão que está acontecendo com este trágico evento, tem crescido o interesse das pessoas pela cultura ucraniana, que é muito rica e preservada dentro das Comunidades Ucranianas no Brasil.

Como ajudar
Lidia conta que para auxiliar os ucranianos neste momento foi criado o grupo Humanistas Brasil - Ucrânia. É possível fazer doações em dinheiro, remédios e até mesmo se cadastrar para receber refugiados da guerra, dando a eles um lar temporário.

Para participar, basta acessar https://bit.ly/ADESAO-HUMANITAS-BRASIL-UCRANIA para se cadastrar formalmente no Humanitas Brasil-Ucrânia e no link https://bit.ly/ACOLHEDORES-HUMANITAS-BRASIL-UCRANIA para ser uma família brasileira acolhedora de refugiados.