Em ampla matéria divulgada pela Agência Estadual de Notícias (AEN) nesta semana, foi anunciada a desativação de duas delegacias de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, que serão substituídas por uma Delegacia Cidadã. Localizada na Avenida Colombo, no Alto Maracanã, esta é uma aguardada obra com investimento de R$3,6 milhões que vai melhorar o atendimento da Polícia Civil aos 250 mil habitantes.

Com previsão de entrega em 2021, a Delegacia Cidadã de Colombo terá três características: unificação das estruturas de atendimento e investigação, o que facilitará a troca de informações entre os delegados e investigadores e o andamento dos inquéritos; um ponto final na sobrecarga dos servidores dessas unidades, acostumados a rotinas intensas em defesa da população em regiões com índices históricos de vulnerabilidade social; e o fim da custódia de presos.

Tenho defendido por onde passo essa nova estrutura e conceito de atendimento policial. Por isso, trato deste tema novamente neste espaço semanal. A Delegacia Cidadã propõe uma relação mais humanizada entre a polícia e a população, com espaços mais dignos, amplos, arejados e modernos para atendimento na segurança pública, com benefícios para os servidores e para a população.

Já existem quatro experiências de sucesso no Paraná: Matinhos, Pinhais, Fazenda Rio Grande e Paranaguá. Além de Colombo, estão em construção as unidades de Araucária, Almirante Tamandaré e São José dos Pinhais. A Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e o Instituto Médico Pega (IML) também serão contempladas com estrutura semelhante.

O prédio é uma Delegacia Cidadã do tipo II, com dois pavimentos, construído em área de 1,2 mil metros quadrados. É uma estrutura com fachada de vidro, grandes corredores separando as salas de atendimento e os despachos internos, além de uma pequena carceragem. A obra está em reta final, com mais 80% dos trabalhos concluídos. O governo vai economizar quase R$ 10 mil mensais com o pagamento de aluguel.

No Alto Maracanã a sala de espera é um espaço com dois bancos e um telhadinho e, quando lota, as pessoas são obrigadas a aguardar em uma outra área sem cobertura, sem proteção da poeira ou da chuva. E o movimento do local é intenso, maior do que em subdivisões policiais, e atrás de apenas outras cinco delegacias do Estado. Essa delegacia conta com um delegado, dois escrivães e 12 investigadores.

A diferença entre a Delegacia atual e a Delegacia Cidadã é gritante. A nova proposta possui infraestrutura de atendimento com espaços mais humanizados para o público em geral e para as vítimas de  crimes. Entre as diferenças para as estruturas comuns estão acessibilidade para pessoas com dificuldades motoras e banheiros adaptados, além de salas para atendimentos seletivos, com espaços separados para o recebimento de vítimas e de agressores ou suspeitos, e ambientes isolados para crianças, adolescentes, mulheres e idosos.

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*Rubens Recalcatti é deputado estadual pelo PSD