17/08/2016
Por Luis Augusto Cabral
Campo Largo vive uma intensa onda de assaltos e arrombamentos. Todos os dias a população é vítima de furtos e roubos, que são praticados à luz do dia, tanto no centro da cidade quanto nos bairros mais afastados. Não há uma classe social, apenas, como alvo dos bandidos. Eles sabem que é baixo o número de policiais na cidade e agem com tranquilidade, fazem reféns para sacar dinheiro nas agências bancárias. Há casos em que as vítimas sofreram violência física, além de ameaças das mais variadas.
A Polícia Militar está com poucas viaturas, pouco pessoal e seus equipamentos estão obsoletos; a Polícia Civil não tem pessoal suficiente, e os que têm estão à disposição dos presos, pois são obrigados a cuidar de mais de 70 detentos, amontoados em uma área onde não cabem mais do que 12. Com uma greve de dois dias na semana passada e a devolução dos coletes à prova de bala, vencidos, os policiais civis marcaram protesto pedindo a atenção do Governo do Estado.
Terror
Ninguém está seguro, nem mesmo nos locais de trabalho, dentro das lojas, ou em casa. Na semana passada, a Reportagem da Folha publicou no jornal impresso mais de dez ocorrências, as mais graves, registradas nos últimos dias, na Polícia Militar e na Delegacia da Polícia Civil. Há casos em que o cidadão é vítima de assalto, em casa, pela segunda, terceira vez. O cidadão está com medo, porque não há lugar seguro. Uma residência foi assaltada no São Gerônimo, outra, no Ouro Verde; um trabalhador foi assaltado quando estacionava o seu veículo, no estacionamento da empresa; uma casa arrombada no Águas Claras. Uma família viveu momentos de terror, numa residência assaltada na Vila Bancária; arrombamentos foram registrados, também no Campo do Meio, no São Luiz do Purunã, no São Francisco e no centro da cidade. O número de veículos tomados em assalto também é crescente.
Greve
A greve de dois dias dos policiais civil, em todo o Estado, praticamente fechou a Delegacia de Polícia da cidade. Somente os casos de prisão em flagrante ou de emergência foram atendidos. Os policiais, em sinal de protesto, devolveram seus coletes à prova de bala, vencidos, para o Governo do Estado, como aconteceu em todo o Estado.
Audiência
Uma Audiência Pública, realizada no final de maio, levantou os principais problemas e as possíveis soluções para melhorar a Segurança Pública em Campo Largo. Foram realizados vários pedidos, desde o aumento do efetivo policial, viaturas, à implantação de um novo circuito de câmeras de vigilância, nos principais pontos de entrada e saída da cidade. Nada foi concretizado até o momento.
Uma reunião de emergência foi realizada na manhã da última quinta-feira, no gabinete do prefeito Affonso Guimarães, com presença do secretário municipal de Segurança Pública e do deputado Alexandre Guimarães e outros agentes públicos, para pedir ao Governo do Estado, mais segurança. As reivindicações da população serão, mais uma vez, encaminhadas. Outra reunião foi realizada nesta segunda-feira (15). É possível que, desta vez, algo seja feito.