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Opinião

Crise econômica já derruba empregos

Crise econômica já derruba empregos

25/04/2015

Já é visível a queda dos níveis de emprego, principalmente nas indústrias, resultado da crise econômica que o Governo Federal teima em desmentir sua existência. Aliado à queda do PIB (Produto Interno Bruto), à inflação em alta e à corrupção em todos os níveis de Governo, o desemprego é o que mais assusta o trabalhador.

Em Campo Largo, algumas das grandes indústrias já começaram a elaborar listas de demissões, de férias coletivas, de planos de Demissão Voluntária, para reduzir custos e poder enfrentar as adversidades esperadas para o resto de 2015 e 2016. Não há informações oficiais, mas acredita-se que haverá enxugamento dos quadros em cerca de 15%, segundo previsão de sindicalistas. Isso já seria um grande desastre.

Nas cidades próximas a Campo Largo, inclusive Curitiba, Araucária e São José dos Pinhais, o quadro é semelhante, as empresas estão demitindo e os trabalhadores sem saber para quem apelar. A crise não está poupando ninguém, atingindo indistintamente metalúrgicos, trabalhadores das indústrias automobilísticas, de transformação e de alimentos.

Pode parecer que uma coisa nada tem a ver com a outra, mas no todo da crise, há uma parcela considerável de culpa na corrupção e na má administração da Petrobras, que acaba de divulgar os prejuízos, no balanço esperado há mais de quatro meses. No final das contas, nós, os trabalhadores e, consequentemente consumidores, é que vamos pagar esta conta, com desemprego, inflação em alta, crédito em baixa, juros exorbitantes e preços dos combustíveis e na energia elétrica, nas alturas.

Não é pessimismo esperar que esses são apenas os primeiros efeitos da crise, porque sabe-se, por experiência de outros tempos, que o pior pode estar por vir. Os caminhoneiros, primeira categoria a sentir os efeitos da alta dos combustíveis, que já haviam se manifestado em março, com greves-pipoca por todo o País, já estão ensaiando, novamente, fechar as estradas, em protesto contra os reajustes de combustíveis, pedágio e congelamento dos preços dos fretes. Esperam, pelo menos, como qualquer trabalhador, conseguir sobreviver dignamente, com o resultado do seu trabalho.

Os sinais de descontentamento com a inércia do Governo, diante da corrupção e da crise, já foram dados pela população, em recentes manifestações nas ruas de grandes cidades, em todo o País. Os sinais foram ignorados. O povo certamente vai voltar às ruas, e possivelmente com maior ênfase, em maior número, e vai exigir providências.