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Opinião

Muitos sem dinheiro para comprar telhas

Muitos sem dinheiro para comprar telhas

15/11/2014

Já estamos com quase um mês da tempestade de granizo do dia 17 de outubro último, que destruiu milhares de telhados e forros na região central e bairros próximos, em Campo Largo, e tem muita gente ainda com a casa coberta por lona. Para uns, falta mão-de-obra especializada, mas para outros, falta mesmo dinheiro para a compra do material.

Uma grande parte das vítimas da tempestade ainda aguarda a liberação de parte dos recursos da sua conta vinculada do FGTS, para poder comprar telhas novas. As últimas informações são de que a Caixa Econômica Federal montará, no Centro da Juventude, no Bom Jesus, um posto avançado para atender os trabalhadores atingidos, que queiram sacar parte do Fundo. Essa liberação deverá acontecer já a partir da próxima semana. É importante lembrar que somente os trabalhadores efetivamente atingidos pela tempestade, têm o direito de solicitar o saque. É necessária a apresentação de documentos (Carteira de Identidade, Carteira de Trabalho, Comprovante de residência dentro do perímetro atingido), tudo com original e cópia.

Os prejuízos foram muito grandes, porque na realidade foram dois os eventos climáticos extremos que castigaram os campo-larguenses, em outubro. O primeiro foi a tempestade de granizo da sexta-feira, dia 17, que destruiu telhados e forros e, no domingo, a tempestade que arrancou as lonas e voltou a molhar tudo, dentro das casas desprotegidas. Mesmo com os cerca de R$ 6 mil que cada um poderá sacar do FGTS, para muitos o dinheiro será insuficiente, devido ao volume dos prejuízos, que  vão além dos telhados e forros, mas atingiram também móveis e eletrodomésticos.

A tempestade de granizo não causou prejuízo apenas material. Muita gente ainda está assustada, traumatizada com o evento e, a qualquer ameaça de chuva forte já fica pensando se o telhado novo vai aguentar. Há os que, agora mais prevenidos, substituíram o telhado destruído, que antes era de cimento-amianto, por material mais resistente, como zinco, telhas sanduíche, de concreto ou telha de porcelana. Mesmo assim, o trauma não será tão facilmente esquecido, porque, como diz o velho ditado, “gato escaldado tem medo de água fria”.