10/05/2014

A briga entre os grupos políticos de Campo Largo, pelo que tudo indica, se tornará mais acirrada este ano e consequentemente pode comprometer as chances do município eleger ao menos um representante para a Assembleia Legislativa do Paraná. Conversas entre vários líderes políticos revelam: pode chegar a sete o número de candidatos locais à vaga de Deputado Estadual. Além de Alexandre Guimarães (PSC) e Udo Schmidt (PSDB), que já confirmaram pré-candidatura, outros nomes são articulados para “marcar território eleitoral”. A expressão, usada por caciques políticos, resume a estratégia de não deixar nenhum nome “correr solto”.

Os outros possíveis candidatos podem ser Toninho Ferreira, do PSB, que conta com apoio de Carlos Andrade. Quem também soma a lista de prováveis candidatos é o ex-secretário de Viação e Obras, Maurício Rivabem (PTN). Mesmo sem apoio de membros de seu partido em Campo Largo, Rivabem aposta em repetir o feito de quatro anos atrás, quando arrancou de Basso e Carlos Andrade uma expressiva votação.

A lista se completa com a vereadora Fernanda do Nelsão. Seu marido, o sindicalista Nelsão da Força, foi candidato a Deputado Estadual pelo PMDB nas ultimas eleições. O ex-vereador aposta na imagem de sua esposa para garantir votos para o recém criado partido Solidariedade, no qual Fernanda se filiou após deixar o PT, partido no qual foi eleita em 2012. Em contato com a vereadora, ela disse que está à disposição do partido, mas que a princípio apoia a candidatura do marido - se este conseguir autorização da Justiça Eleitoral - e a candidatura de Alexandre Guimarães, mas que não há, ainda, nenhuma definição mais concreta. Nesta sexta-feira (09), uma reunião dos filiados ao Solidariedade pode levar a uma decisão.

Ainda há especulação de outros possíveis candidatos, pelo menos outros dois - Roseli Puppi e Achilles Munaretto. Se o cenário se confirmar, o que haverá em Campo Largo é apenas uma prévia das próximas eleições municipais, com partidos medindo forças para descobrir quem agrega as melhores chances de alcançar o comando da Prefeitura Municipal a partir de 2017. E assim, Campo Largo amargará outros quatro anos sem um representante político, que possa resgatar o prestígio do Município e garantir benefícios do Estado para os campo-larguenses.