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Política

O voto é seu e só você deve decidir

O voto é seu e só você deve decidir

05/10/2012

Existem uns espertinhos que chegam nos comitês e garantem, em voz alta, para os candidatos, que têm  50/100 votos, e até mais, e que estava apoiando “fulano”, mas se o candidato quiser, pode apoiá-lo e transferir os votos.

Será que ainda tem gente que cai numa conversa dessas? Tem. Tem gente que acredita em Saci Pererê, Boi Tatá, Mula sem Cabeça, tem gente que acredita até em pesquisa secreta, que não pode ser publicada porque não tem registro, ou porque foi feita por “Mandrakes”.

Pois bem, ninguém é dono dos votos de ninguém. Já foi o tempo em que o eleitor era obrigado a votar no que o patrão mandava, porque o patrão, que antigamente se chamava “Coronel”, tinha urna fachada na sua fazenda e se o empregado não votasse no seu candidato, ele saberia. Hoje isso não existe mais, não há como ninguém saber em quem o eleitor votou, somente ele. Só ele pode declarar o seu voto, mas jamais saberemos se declarou o certo ou não. As pesquisas de boca-de-urna, em geral, aferem bem o resultado oficial, porque, quando bem feitas, o eleitor é convidado a declarar o seu voto, anonimamente. Por isso dá certo, é quase  o mesmo percentual dos votos dados nas urnas. Fora disso, ninguém sabe em quem o eleitor vai votar.

As pesquisas realizadas durante a campanha têm o objetivo de orientar os candidatos, os comitês, a tomarem decisões sobre a intensificação da campanha, nesta ou naquela área, nesta ou naquela região. Há, entretanto, as pesquisas não qualitativas, que  procuram saber apenas em quem o eleitor vai votar. Essas são pesquisas puras, que podem chegar muito perto do resultado das eleições, se as eleições fossem realizadas no mesmo período da pesquisa.

Ao eleitor, entretanto, não custa dizer: Não venda seu voto, não troque esse direito por nada, nem por promessas pessoais, de emprego, de vantagens pecuniárias, ou de “presentes”. O voto é algo tão importante, que nem por todo o dinheiro do mundo deveria ser vendido. Porque quem vende o voto, vende a sua alma, vende a sua cidadania, vende o seu caráter e a sua dignidade.