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Política

Caso Cachoeira

12/05/2012

Cachoeira deve manter silêncio em depoimento à CPI

Caso Cachoeira

12/05/2012  Fonte: R7 Noticias

Considerado como um “arquivo vivo” por manter relações próximas a empresários, parlamentares, governadores e jornalistas, o bicheiro Carlinhos Cachoeira deverá contar com forte proteção dos agentes penitenciários e da Polícia Legislativa na próxima terça-feira (15), quando falará à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que leva seu nome. Apesar da elevada expectativa em relação ao depoimento, o bicheiro pode negar-se a responder às perguntas porque, segundo seus advogados, não houve liberação do inquérito para a defesa.

A advogada Dora Cavalcanti, uma das representantes do contraventor, deve usar o direito ao silêncio garantido ao preso pela Constituição.

— Para a gente exercer a obrigação de dar assistência ao cliente, a prerrogativa mais básica é o acesso ao contexto probatório. Estou inviabilizada de exercer minha atividade profissional. Nessa condição, tenho que desaconselhar meu cliente a responder qualquer coisa.

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Ao R7, a mulher do contraventor, Andressa Mendonça, não revelou se Cachoeira vai responder às indagações dos parlamentares.

— Eu não sei. A gente prefere não falar sobre isso. Ele ainda vai conversar com os advogados. A gente vai se reunir na segunda. Vamos ver...

Em abril, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) ressaltou durante sessão em plenário sua preocupação quanto à segurança do bicheiro.

— Tem muita gente com medo do senhor Cachoeira. Se deixar ele com outras pessoas, daqui a pouco aparece morto. O Conselho de Ética tem que tomar providências para dar garantias de vida.

Segurança

O esquema de proteção montado para o depoimento do contraventor Carlinhos Cachoeira na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) na próxima terça-feira (15) é mantido em sigilo absoluto. Sabe-se que agentes penitenciários e policiais legislativos serão responsáveis pela segurança do contraventor, preso desde 29 de fevereiro em Brasília.

O corredor de acesso à sala da comissão estará bloqueado e cada bancada parlamentar contará com o auxílio de um assessor.

O acesso à imprensa será restrito. Apenas 23 profissionais poderão assistir ao depoimento de Carlinhos Cachoeira dentro da sala da comissão.