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Geral

Desenvolvimento

30/03/2012

Novo “boom” na Construção Civil mostra desenvolvimento da cidade

Desenvolvimento

30/03/2012

Campo Largo experimenta um novo “boom” na Construção Civil, reflexo do desenvolvimento econômico que vem sendo autoalimentado, como uma “bola de neve”. Em toda a cidade, centenas de novos empreendimentos imobiliários são executados como uma rotina, que os campo-larguenses já se acostumaram a ver. No Centro, onde a valorização é maior, imóveis antigos dão lugar a empreendimentos comerciais de médio e grande porte; nos bairros, a “explosão” de novos condomínios residenciais muda a paisagem urbana.
A Folha foi buscar a opinião de alguns empresários, para mostrar o que está acontecendo com a cidade e como esse movimento poderá estar, num futuro próximo. As previsões são otimistas, com reflexo até na falta de mão de obra qualificada, efeito colateral que já está sendo sentido no mercado. A inflação de custo aponta para aumento nos níveis salariais de serventes, pedreiros, carpinteiros, eletricistas, encanadores, azulejistas, pintores  e mestres de obras.
Reflexo
Para o engenheiro civil Mário Boaron, sócio da construtora Engerama, uma das maiores da região, esse crescimento é resultado de vários vetores, sendo um dos mais importantes a política de crédito imobiliário que o Governo Federal vem implementando nos últimos anos. Para ele, o crédito imobiliário está sendo oferecido em maior volume, com menores juros e maior facilidade. Ele destaca como um dos fatores exponenciais desse crescimento o programa do Governo Federal, Minha Casa Minha Vida. “Uma grande quantidade de novos empreendimentos imobiliários, residenciais, movimenta o comércio, que vende mais e impulsiona a demanda por imóveis comerciais no centro da cidade, como uma bola de neve”, explica.
Vladmir José Zambone, o Nenê, e seu pai, são exemplo de empreendedores que enxergaram esta nova realidade na cidade. Com um posto de combustíveis bem no centro da cidade (Rua X esquina com Osvaldo Cruz), numa das áreas mais valorizadas da cidade. Perdiam de ganhar dinheiro, permanecendo com o comércio de combustíveis, entidade de menor rentabilidade do que um edifício com lojas, no mesmo local. Não pensaram duas vezes, fecharam o posto e estão construindo um prédio de 860m2, que vai abrigar uma loja de médio porte e outras menores, com rentabilidade excepcionalmente maiores do que o negócio com o posto de combustíveis. Nenê explica que, “no mesmo espaço, vamos tocar um negócio mais lucrativo e com menos dor-de-cabeça, com menos burocracia e menor risco”, garante.
Em todo o centro da cidade, novos empreendimentos imobiliários chamam a atenção, principalmente pela quantidade. Só na Marechal Deodoro são quatro, os novos empreendimentos. A construção de uma grande loja, na Luiz Xavier, na área antes ocupada pelo antigo terminal de ônibus, a Havan, é outro exemplo de crescimento econômico. A obra está sendo tocada em ritmo acelerado. A loja será a maior da cidade, com geração de centenas de novos empregos e deve ser inaugurada no final de Abril ou início de Maio.
Residenciais
É muito maior o ritmo de crescimento do número de imóveis residenciais, em toda a cidade. Mário Boaron, da Engerama, explica que a empresa  tem dificuldade para contratar mão-de-obra especializada e até profissionais sem ou com pouca experiência. Hoje a Engerama  tem 140 funcionários contratados, além de terceirizados, e executa, simultaneamente, 15 obras, inclusive condomínios, que somados são mais de 220 unidades domiciliares, além de edifícios comerciais.
A Engerama é uma dos maiores construtoras de região, e seus três sócios, Mário Boaron, Rafael e Misael Burkoski se desdobram para acompanhar cada uma das obras, não só em Campo Largo mas também em Curitiba, Litoral e em Araucária. Em Campo Largo, dos grandes empreendimentos que estão sendo executados, estão o Centro da Juventude, obra do Governo do Estado, em frente ao quartel do Corpo de Bombeiros e os condomínios residenciais Quefren, Miquerinos e Queops, na Água Verde. Para Mário Boaron, o momento é de crescimento da demanda. Ele acredita que esse “vento” vai continuar soprando em Campo Largo, por pelo menos mais dois anos.