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Balsa Nova

09/03/2012

Balsa Nova precisa de mais artesãos para atender a demanda

Balsa Nova

09/03/2012

“A demanda está sendo muito grande. Maior do que a Associação dos Artesãos de Balsa Nova está podendo produzir”, afirma a extensionista da Emater de Balsa Nova, Marilda Gadens Badui, sobre o artesanato local, feito principalmente com a palha da espiga de milho. Para isso, o instituto assessora a Associação, visando aprimorar o produto final, como também dar embasamento sobre o mercado e ainda trabalhar para aumentar o número de artesãos, que hoje chega a 20.
Se conseguir se dedicar, ter qualidade e contatos bons para a comercialização do produto, um artesão pode chegar a ganhar até R$ 1 mil por mês. Uma peça que usa palha de duas espigas, na venda equivale ao preço de uma saca de milho. Há muitos pedidos de clientes fixos e empresas de Balsa Nova, Campo Largo, Curitiba e região, e ainda de outros estados e até outros países que compram e valorizam o artesanato balsa-novense. As peças são usadas para decoração e muito procuradas para brindes de empresas.
Sempre buscando o aperfeiçoamento deste trabalho, Marilda conta que fazem constantes treinamentos com os artesãos, onde conseguem melhorar a qualidade dos produtos, dar dicas de comercialização, embalagem e negócio.
Uma das artesãs mais antigas da Associação é Luzia Kava Seroka, que realiza este trabalho há 12 anos. Com a experiência, ela mesmo já consegue criar peças para vender em lojas de Curitiba e São Paulo, principalmente. Já é bastante conhecida por fazer lindos trabalhos em miniatura. “Turista não quer levar peça grande, então fui fazendo peças cada vez menores até chegar nas miniaturas. E deu certo”, diz ela, comentando que os clientes estão cada vez mais exigentes. Para ela, o segredo é ter muito amor pelo que faz, paciência e muita criatividade. “Quanto mais faz, mais estimula a criatividade”, revela.
Marilda explica que a técnica tem início desde a colheita, na qual é usada uma técnica diferente para o artesanato. Para uma diversidade de cores da palha de milho, foi desenvolvido um plantio bem variado, que resulta em milho mais resistente, com menos produtos químicos e com palha de colorações do branco ao roxo. Essas cores permitem o artesanato usando palha natural, sem acréscimo de anilina.
O trabalho da Emater é em parceria com o Senar,  e visam desenvolver o meio rural. O último curso oferecido, ministrado pela instrutora do Senar Ana Armstrog, foi de variedade de flores com palha de milho. O próximo acontecerá em Abril sobre artesanato com bambu.