23/12/2011

Parecem ser muitos lacres. E realmente é. Mas todo esse número, mais de um milhão e duzentos lacres, é resultado da união de muitas pessoas, mobilizadas por um objetivo: ajudar o próximo.
E o fato de conseguir cadeiras de rodas não é tão simples, envolve muitos gestos, princípios de reciclagem, de cidadania, de responsabilidade social. “Vivemos em sociedade. Todo e qualquer problema social te pertence se você realmente é integrante desta sociedade”, enfatiza Luciano Okraska, professor de inglês e proprietário da escola Express.
Ele conta que vê a satisfação das pessoas em poderem ajudar, em verem que o fato de juntarem lacres de alumínio de latas de refrigerante ou cerveja podem se transformar em melhor qualidade de vida para muitas pessoas. Apenas em Campo Largo, neste ano, os lacres foram trocados por seis cadeiras de rodas, as quais foram destinadas para instituições locais – duas para a Associação de Deficientes Físicos de Campo Largo, três para a Erce e uma para o Cemae.

Como começou
Ao ver seu sobrinho juntando lacres que seriam destinados ao Pequeno Cotolengo, Luciano se interessou e entrou em contato com a instituição para conhecer melhor o projeto e entender a troca dos lacres por cadeiras de rodas. Foi quando teve conhecimento da empresa Frato Ferramentas, a qual participa desse projeto social.
A Frato é uma das maiores distribuidoras de ferramentas e instrumentação do País. Há quatro anos começou uma campanha para juntas anéis de latinhas de alumínio para trocar por cadeiras de rodas e em três anos já conseguiu 600 cadeiras, o que motiva os funcionários da empresa a continuarem com esse projeto e ajudar diversas instituições.
Luciano explica que cada cadeira equivale, em média, a 100 garrafas pet cheias de aproximadamente 2.100 lacres em cada uma. Ele diz que não imaginava que conseguiria tantos lacres com seus alunos e amigos, mas que já virou mania entre eles. “E cada vez que vou buscar uma cadeira me surpreendo, porque as pessoas já vão trazendo novos lacres. Acho que já virou mania em Campo Largo”, conta, satisfeito.
O objetivo é simbólico, segundo o professor. “Pois essa campanha é para apenas juntar os lacres, não temos o propósito de juntar as latinhas devido à logística, ao tempo que precisa, à segurança das crianças na escola e também porque existem pessoas que vivem disso”, detalha Luciano, que também fez parceria com o Pequeno Cotolengo.
Desta parceria também passou a vender os cartões de Natal, totalizando cerca de 300, vendidos para ajudar a instituição.

Agradecimento
Só faltam mais 50 garrafas cheias de lacres para conseguir trocar por mais uma cadeira. Para o próximo ano, a Express English School continuará com a campanha. Luciano agradece todos que participaram e se motivaram em ajudar, desde crianças que ajudaram com um lacre, até as pessoas que levaram garrafas cheias. Agradece também em nome das instituições e convida para que as pessoas visitem as mesmas e conheçam mais o trabalho que cada uma realiza.