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A saudade do Papai Noel de Campo Largo

A saudade do Papai  Noel de Campo Largo

16/12/2011

Talvez pelo nome Adair Rodrigues de Freitas poucas pessoas lembrem. Mas era como Papai Noel que ele era conhecido na cidade e há quase três anos deixa saudade. A barba branca natural dava a ele o aspecto do que realmente imaginamos ser o Papai Noel. E não só para as crianças, ver a dedicação desse senhor era sentir o espírito de Natal.

Faleceu em fevereiro de 2009, nos seus 74 anos de idade, com falência múltipla dos órgãos. Adair, também conhecido por Gaúcho da Sanepar, contava os dias para a chegada do Natal, quando sentia grande prazer em ajudar os pobres e ter mais contato com as crianças. Ele não cobrava nada de ninguém para ser o Papai Noel, contribuía quem pudesse. O que ele sempre pedia e mobilizava as pessoas era para doação de brinquedos, os quais distribuía em regiões pobres de Campo Largo e às vezes em Curitiba.

Quem conta é a viúva dele, Laidi Lima de Freitas. Ela diz que com ele aprendeu a ajudar os outros, os pobres e a ter muito respeito pelos idosos. Fala que ele era uma pessoa muito boa de coração, que a valorizava muito como esposa e, por tudo que ele fazia, é um exemplo pra ela, uma pessoa que deu outro sentido à sua vida.

Hoje muitos já sentem a falta do Papai Noel, o carinho com que desempenhava esse papel com as crianças na cidade. Diziam que ele era o verdadeiro, todos percebiam a alegria com que realizava trabalhos sociais, brincava, conversava e dava conselhos aos pequenos, para que estudassem bastante e fossem bons filhos.

Laidi conta que ele não pode ser pai e por isso tinha carinho pelas crianças como se fossem seus filhos. Até o último momento de vida ele agradecia por conseguir cumprir sua missão na Terra. Com toda sua experiência e vivência ao lado dele, hoje Laidi diz que as pessoas precisam se doar um pouco e “o que fazemos de bem para os outros, é um bem para a gente mesmo”.