25/11/2011
Beto Richa autoriza início das obras de duplicação da Br-277 em Campo Largo.
25/11/2011
Nesta Sexta-feira (25), o governador Beto Richa e a concessionária CCR RodoNorte anunciam o início das obras do Contorno de Campo Largo, na BR-277. Será o fim de um grande transtorno para os moradores da cidade e usuários da rodovia, que liga o interior do Estado à Capital paranaense e corta ao meio a cidade. Previsto no contrato de concessão para início em 2014, a transposição da BR-277 começa imediatamente. A estrada também é o principal corredor de exportação de todo o Paraná (Campos Gerais, Norte, Centro e Oeste) e do Mercosul para o Porto de Paranaguá.
O lançamento da pedra fundamental da obra será no Km 114 da BR-277, no viaduto da Rondinha, principal entrada da cidade, às 11 horas desta sexta. O evento contará com a presença do governador Beto Richa, do secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, do prefeito Edson Basso, do presidente da CCR RodoNorte, Sílvio Marchiori, e do diretor da concessionária, José Alberto Moita. Representantes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), prefeituras da região e lideranças locais também vão participar do lançamento da esperada obra.
Traçado
O custo da obra será de R$ 70 milhões e seu traçado prevê a construção de 11 quilômetros de uma nova rodovia, com um viaduto, duas trincheiras, uma ponte e modernização de dois viadutos já existentes. O complexo rodoviário terá ainda duas rotatórias e vai utilizar 57,5 mil toneladas de massa asfáltica, gerando 1.600 empregos diretos e indiretos, dando suporte ao desenvolvimento futuro da cidade, garantindo mobilidade pelas próximas décadas.
Como o traçado do desvio vai ocupar parte da PR-423 (Araucária – Campo Largo), este trecho da rodovia estadual também será recuperado pela CCR RodoNorte. A manutenção deste trecho da rodovia também é uma reivindicação dos usuários da estrada, que não faz parte da concessão. A estrutura dará acesso total à comunidade que margeia a rodovia.
Este é o segundo fruto do diálogo entre o Governo estadual, através da Secretaria de Infraestrutura e Logística, e a concessionária CCR RodoNorte. O primeiro foi a Passarela Ecológica, avaliada em R$ 1,5 milhão, que começou a ser construída nesta semana no Parque Barigui, em Curitiba, sem custos para o contrato de concessão.
Mobilidade
Dentro das negociações sobre as prioridades de realização das obras previstas dentro do contrato entre o Governo do Estado e a concessionária CCR RodoNorte, dois itens estão dando Norte aos investimentos – segurança viária e fluidez de tráfego. Assim, a movimentação de 36 mil veículos por dia em Campo Largo, além de congestionamentos gerados em horários de pico e feriados, mostrou a urgência da obra da nova BR-277. A realidade local gera grandes demandas operacionais, tanto do atendimento da CCR RodoNorte quanto da Polícia Rodoviária Federal, Siate, Samu e da Prefeitura.
Atualmente, soluções paliativas para conciliar o tráfego rodoviário e urbano foram tomadas na região – onde a velocidade cai para 60 Km/h. Enquanto os usuários da rodovia passam por dois radares, três lombadas e um semáforo, os moradores precisam tomar cuidado extra para cruzar a estrada. Nos momentos mais críticos, como volta de feriados, os congestionamentos chegaram a 15 quilômetros, chegando à Serra de São Luiz do Purunã. Outro problema que será solucionado será o do risco de acidentes no trecho, especialmente de atropelamentos e colisões traseiras – na sua maioria leves, mas que atrapalham a viagem. Em 2010, aconteceram no trecho 163 acidentes, com 89 feridos e três óbitos. Neste ano, até novembro, foram 209 acidentes, com 121 feridos e cinco mortes.
Ao término da obra, o trecho atual da BR-277 será novamente administrado pelo DER e se tornará em uma grande via integradora do município. A expectativa é de que ele seja transformado na Avenida da Porcelana, forma de fomentar o turismo e o comércio do principal produto da economia de Campo Largo, levando mais sustentabilidade à economia. A cidade é responsável por 95% da produção nacional de porcelana.
Ganho ambiental
Outro ganho com a obra será ambiental. Com a redução dos congestionamentos dentro da cidade, especialmente nos feriados e com paradas nos semáforos, a rodovia deixará de emitir 657 toneladas de carbono por ano, segundo verificação da consultoria Capital Ambiental. Para suprir essa quantidade de emissões, seriam necessárias 2.638 árvores de Mata Atlântica – contribuindo para o conceito de rodovia sustentável.
Contorno de Campo Largo em números
Nova pista Sul:
• Km 114 ao 123
• R$ 70 milhões
• Extensão de 11 km de pista dupla
• Construção de 01 viaduto rodoviário
• Construção de 02 trincheiras
• Construção de 01 ponte
• Novas alças em 02 viadutos, incluindo a construção de 02 rotatórias
• 57,5 mil toneladas de massa asfáltica
• 785 mil metros cúbicos de terraplanagem
• 10 mil metros de canaletas
• 1,3 mil metros de bueiros
• 10,5 mil metros quadrados de pintura de sinalização horizontal
• 380 metros quadrados de placas para sinalização vertical
• 1600 empregos diretos e indiretos