25/11/2011
As obras da chamada “Transposição da BR-277” parece que desta vez serão realizadas. O governador Beto Richa já deu o sinal verde e, nesta Sexta-feira (25), deverá autorizar o início das obras, juntamente com diretores da RodoNorte e do prefeito de Campo Largo, Edson Basso. O projeto, uma terceira pista ligando a pista atual na altura do Viaduto da Rondinha, paralela à Pista Norte, até à PR-423, que liga a Araucária, na altura do viaduto do Itaqui, não parece o ideal, mas pelo menos deverá resolver, imediatamente, o problema do “Efeito de Corte”, que a atual pista Sul impõe a Campo Largo.
Com a conclusão da obra, no final de 2012, a cidade deverá ficar livre do tráfego pesado, que hoje inferniza a vida de todo mundo, entre o Itaqui e a Rondinha, principalmente nos finais de semana e fins dos feriados prolongados. Esse trecho rodoviário, uma vez desativado, deverá ser absorvido pela cidade, como foi a BR-116 em Curitiba, transformada em Linha Verde. Teremos então uma grande avenida onde poderá ser instalada uma linha de turismo da Louça e da Gastronomia, projeto que embala o pensamento de empresários e de muitos líderes políticos da cidade.
A implantação desses pouco mais de 11 quilômetros de desvio, longe de solucionar definitivamente os problemas que a BR-277 causa, ao atravessar a cidade, resolve apenas uma parte deles. Ainda continuaremos divididos ao meio, porque a BR-277 se prolonga até Curitiba. O ideal, além desse desvio, é a implantação de viadutos e trincheiras, ao longo de todo o trajeto, entre o Itaqui e Curitiba, com a implantação de marginais trafegáveis, também ao longo de todo o trajeto. Mas talvez esse sonho só seja realizado quando Campo Largo tiver uma população superior a 200 mil habitantes, e os bairros do Jardim Guarani, Cercadinho, Ferraria e região, estejam com uma densidade tão grande que se torne impossível os governos não se sensibilizarem com as necesidades e o direito de ir e vir da população.
Apesar do início das obras de transposição, é importante que Campo Largo não se desarme, que a população não se sinta satisfeita apenas com essas obras. Nos próximos dez, 20 anos, Campo Largo não poderá abrir mão de outras opções seguras, de ligação com Curitiba, de um ramal do Metrô, que em Curitiba já deverá estar funcionando em 2016. A cidade está crescendo em ritmo acelerado, e vai exigir essa infra estrutura de transporte, para manter e melhorar a qualidade de vida da população.
A conquista da “Transposição da BR-277” deve, de qualquer forma, ser comemorada. Ficarão livres da barreira, principalmente, os moradores dos bairros da chamada “ilha”, desde o Ferrari até o Itaqui. Teremos, a partir do final de 2012, mais liberdade de ir e vir, dentro da nossa própria cidade, sem o “castigo” de ter que esperar dez, 20, até 30 minutos, para atravessar com segurança a BR-277, para ir de um lado ao outro da cidade.
