11/11/2011
Moradores de área no Guarani realizam protesto para pedir água encanada.
11/11/2011
Um grupo de moradores de uma antiga chácara, anexa ao Jardim Guarani, foi às ruas na manhã desta Quinta-feira (10), para protestar contra a falta de água tratada e saneamento básico. Eles fazem parte de um grupo de 80 famílias - aproximadamente 300 pessoas - que residem naquela área e não receberam água encanada da Sanepar. As casas ficam numa antiga chácara que foi loteada e se tornou parte do Jardim Guarani, quase na divisa com Curitiba.
Uma moradora lembrou que o encanamento da Sanepar termina há um quilômetro do loteamento, e acredita que não seria difícil estendê-lo para abastecer todas as casas. Os manifestantes entraram em contato com a Sanepar e foram informados que exista dinheiro para a obra, no entanto o entrave está na regularização do loteamento na Prefeitura. A Reportagem da Folha fez contato com a empresa e com a Prefeitura Municipal, para saber o que poderá ser feito.
Irregular
Informações dos moradores dão conta de que toda a área está matriculada como se fosse um único imóvel rural, a antiga chácara, mas é, na realidade, uma área urbana. Devido à irregularidade, as obras de saneamento não são realizadas. Quando as famílias construíram as casas, naquela área, a água era fornecida a partir de uma nascente. E assim foi por muitos anos. Mas o crescimento do bairro acabou por causar dificuldades no fornecimento de água, principalmente nos horários de maior demanda.
Os moradores informaram que, recentemente, a Sanepar interditou a bomba de água alegando que a nascente está contaminada, inclusive com a presença de animais mortos, com frequência.
Prefeitura
Contato com a Prefeitura Municipal de Campo Largo, através da Secretaria de Governo, o secretário Udo Schmidt esclareceu a situação da área. Segundo ele, o assunto já vem sendo tratado pelo gabinete, há vários dias. “Nós estabelecemos diálogo com a Sanepar, sobre o assunto, na tentativa de oferecer emergencialmente água para aquela poulação. A área é realmente irregular e os moradores, apesar de terem construído casas no local, não têm a documentação legal, a licença para construção. Os órgãos públicos não podem levar serviços lá. O que pode ser feito para melhorar a vida daquela população foi feito, inclusive melhorias no acesso. Eles tinham o abastecimento precário, de água, através de um poço, mas a água está contaminada, inclusive com animais mortos (ratos). Eles precisam, de qualquer forma, de água, estamos tentando viabilizar o abastecimento junto à Sanepar, por caminhões-pipa, até que o problema fundiário seja resolvido”, explicou o secretário.
Sanepar
Assessoria de Imprensa da Sanepar informou à Reportagem, que o poço que abastecia irregularmente a comunidade está contaminado e aquela água não serve para o consumo, podendo causar doenças. A empresa está mantendo contato com a Prefeitura Municipal, porque trata-se de um imóvel rural.