26/10/2011
Deputados esperam ouvir policial que denunciou Orlando Silva nesta quarta-feira.
26/10/2011 Fonte: R7 Notícias
Após se reunirem mais uma vez com o ministro do Esporte, Orlando Silva, os deputados esperam ouvir, nesta quarta-feira (26), o policial militar João Dias Ferreira, que acusou o político do PCdoB de receber propina e operar um suposto esquema de corrupção na pasta.
O convite foi aprovado na semana passada pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Casa. Outro que deve ir à Câmara é o motorista Célio Soares Pereira.
Os dois denunciaram um suposto esquema de desvio de verbas de convênios mantidos pelo Ministério do Esporte com ONGs (organizações não governamentais) por meio do Programa Segundo Tempo. O ministro nega envolvimento com irregularidades.
Nesta terça (25), Silva foi à Câmara para uma audiência que discutiria a Lei Geral da Copa, mas a oposição aproveitou sua presença para voltar a pressioná-lo. Alguns parlamentares pediram que o ministro renunciasse ao cargo até que as investigações fossem concluídas. O político, no entanto, negou-se a falar sobre as suspeitas que pairam sobre sua gestão.
- Em respeito à comissão que me chamou para falar da Copa e em respeito aos parlamentares que estiveram aqui na semana passada em audiência para discutir calúnias que foram feitas, vou me abster mais uma vez de fazer digressões políticas. Vou me ater ao mérito do projeto da Lei Geral da Copa.
Ao fim do encontro, o ministro concedeu uma entrevista na qual reiterou sua inocência e disse que só deixará o governo se for demitido pela presidente Dilma Rousseff.
- Vou seguir serenamente desenvolvendo meu trabalho.
Também ontem, a ministra Carmem Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a abertura de inquérito para investigar as denúncias sobre o Ministério do Esporte.
Provas
O policial João Dias Ferreira, dono de duas ONGs que fizeram convênios com o Ministério do Esporte, prestou depoimento à Polícia Federal nesta semana. Ele entregou arquivos de áudio que atestariam a ligação de funcionários da pasta com fraudes, mas reconheceu que não tem provas que incriminem diretamente Orlando Silva.
Para hoje, os deputados aguardam finalmente a apresentação de indícios que possam tornar mais complicada a permanência do ministro na equipe da presidente Dilma Rousseff.