18/10/2011  Fonte: R7 Notícias

O ministro do Esporte, Orlando Silva, vai à Câmara dos Deputados nesta terça-feira (18) para prestar esclarecimentos sobre a denúncia de que teria recebido pessoalmente propina relacionada a convênios mantidos pela pasta com ONGs (organizações não governamentais).

Silva participará de audiência pública conjunta das comissões de Turismo e Desporto, e de Fiscalização Financeira e Controle.

As acusações foram feitas pelo policial militar João Dias Ferreira, da Federação Brasiliense de Kung Fu e ex-militante do PCdoB (partido ao qual o ministro é filiado), e por Célio Soares Pereira, que, segundo a revista Veja, seria uma espécie de faz tudo do grupo que comandaria a arrecadação irregular de verba destinada ao programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte.

Conforme os relatos, o suposto esquema de irregularidades em convênios assinados entre o ministério e ONGs teria desviado mais de R$ 40 milhões em oito anos.

A reunião, marcada para as 14h30 de hoje, originalmente discutiria os investimentos do governo para a Copa do Mundo de 2014, mas o próprio ministro solicitou que aproveitasse a oportunidade para se defender das acusações.

Nesta segunda-feira (17), Orlando Silva protocolou na PGR (Procuradoria-Geral da República) um pedido para que o Ministério Público Federal investigue as denúncias publicadas pela revista Veja.

Também ontem, ele concedeu entrevista coletiva para se defender. O ministro negou ter recebido propina e disse que vai “até as últimas consequências” para provar sua inocência. Silva criticou o policial militar João Dias Ferreira, de quem partiram as acusações.

- Irei até as últimas consequências para que a verdade seja estabelecida. Alguém que é réu de uma investigação, já foi preso e é alvo de vários inquéritos não pode se converter em fonte de verdade.

O autor das denúncias foi preso no ano passado por suposta participação no mesmo esquema que envolveria o Segundo Tempo.