08-10-2011 Fonte: Banda B
Os bancários em greve tentam estender o movimento para os serviços de informática e de teleatendimento dos bancos. A ideia é fazer com que os trabalhadores de centros técnicos de atendimento telefônico e informática também paralisem os trabalhos.
Ontem (6), foram registradas interrupções no atendimento via internet no Itaú-Unibanco. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro, atribui as interrupções à greve, mas o banco nega.
"O Itaú confirma a intermitência ocorrida no Internet 30 horas. Não há relação desse fato com o período de negociação salarial da categoria dos bancários. O problema já foi solucionado", diz o banco, em nota.
De acordo com Cordeiro, a greve, que está no 11º dia, atinge mais de 8,7 mil das 20,073 agência de todo o país.
Cordeiro diz ainda que os bancos não deram resposta à carta enviada na última terça-feira (4). "Enviamos carta solicitando nova rodada de negociação e os bancos sequer responderam. O silêncio está levando ao aumento da greve", diz Cordeiro. O presidente da Contraf enfatizou ainda que a greve não é "contra a população, é contra os bancos".
Em nota, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) dedicado a negociações trabalhistas, disse que não há qualquer paralisação de área estratégica dos bancos e que a negociação com os bancários permanece. "A Fenaban fez duas propostas completas visando acordo com os bancários e colocou-se à disposição do movimento sindical para tratar de eventuais acertos que fossem necessários. Portanto, não há razão para que a federação apresente nova contraproposta como querem os sindicalistas. O que se espera, agora, é que sejam discutidos os ajustes que levem ao acordo", diz a nota.
A Greve
Os bancários entraram em greve no dia 27 de setembro, por tempo indeterminado, depois de rejeitarem a proposta de reajuste de 8% feita pela Fenaban na quinta rodada de negociações, o que significa 0,56% de aumento real.
Os trabalhadores reivindicam reajuste de 12,8%, que representa aumento real de 5% mais inflação do período. A categoria quer também valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas consideradas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, entre outras reivindicações.
Curitiba
Nesta sexta-feira, 07 de outubro, a greve se manteve forte em Curitiba e região e a adesão de bancários dos bancos privados foi ampliada devido ao silêncio da Fenaban em apresentar uma nova proposta. Nesta manhã, 293 agências foram fechadas, sendo 214 em Curitiba e 79 na região metropolitana.
A principal variação neste 11º dia de greve é o fechamento de todas as agências bancárias na Av. Brasília, no bairro Xaxim, inclusive no HSBC, que os funcionários aderiram devido à grande pressão que estão sofrendo.
Estão fechadas todas as agências do Banco do Brasil, da Caixa Econômica, a maioria das agências do Santander e do Itaú e uma do HSBC. Todas as do Bradesco estão funcionando normalmente, devido ao interdito.
Paraná
Nesta sexta-feira, 07 de outubro, são 686 agências fechadas no Paraná pelos dez sindicatos filiados à FETEC-CUT-PR. Em Londrina e em Curitiba houve aumento no número de agências fechadas. Na capital são 293 agências de portas fechadas.
Veja o número de agências fechadas por região:
Apucarana - 40 agências
Arapoti - 37 agências
Campo Mourão - 26 agências
Cornélio Procópio - 38 agências
Curitiba - 293 agências e 11 centros administrativos
Guarapuava - 36 agências
Londrina - 95 agências
Paranavaí - 27 agências
Toledo - 28 agências
Umuarama - 66 agências
A Greve
Os bancários entraram em greve no dia 27 de setembro, por tempo indeterminado, depois de rejeitarem a proposta de reajuste de 8% feita pela Fenaban na quinta rodada de negociações, o que significa 0,56% de aumento real.
Os trabalhadores reivindicam reajuste de 12,8%, que representa aumento real de 5% mais inflação do período. A categoria quer também valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas consideradas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, entre outras reivindicações.