28-09-2011
Consumidores são mais conscientes que feirantes no uso de sacolas plásticas
28-09-2011 Fonte: Banda B
	O hábito de levar a própria sacola quando vai à feira ainda não pegou em Curitiba, mas a mudança de comportamento tem acontecido aos poucos. Na maioria das vezes, a conscientização tem partido do cliente, e não do feirante, como era de se esperar.
	
	“Muitos não usam mais a sacola, eles trazem o carrinho ou ainda uma sacola própria, o que é melhor. Nós, comerciantes, precisamos deixar de comprar a sacola plástica”, conta Olivio Trevisan, que trabalha na feira livre do Rebouças e está na profissão há 30 anos.
	
	Para reforçar a mudança de atitude, o feirante Rafael Buiar passou a comercializar sacolas retornáveis por R$ 2,50. “Vendemos entre cinco e dez sacolas por semana e percebemos que os comerciantes podem ajudar neste processo não fornecendo mais as sacolas plásticas ao consumidor”, diz Rafael.
	
	Para estender o processo de conscientização, os consumidores e comerciantes que estiveram na feira do Rebouças nesta terça-feira (27) receberam sacolas ecológicas e ouviram explicações sobre os danos causados pelas sacolas plásticas, altamente poluentes ao meio ambiente por não poderem ser recicladas.
	
	A campanha já aconteceu em 34 feiras e está sendo promovida em todas as feiras de rua da cidade pelo deputado estadual e vice-presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, Rasca Rodrigues (PV). “Esta campanha é para evitar que as sacolas plásticas continuem indo para os aterros sanitários e os feirantes e consumidores possam ajudar no processo de conscientização”, afirma Rasca.
	
	Enquanto uma sacola ecológica é desfragmentada em 18 meses, uma sacola plástica convencional leva até 300 anos para se decompor. Somente nos supermercados paranaenses são utilizadas diariamente mais de 2,5 milhões de sacolas plásticas. No final do mês, isso representa vinte toneladas de resíduos depositados no meio ambiente, seja em aterros sanitários ou abandonadas em fundos de vales, rios e terrenos baldios.
	
	Lei
	
	Dois projetos de Lei que tramitavam na Assembleia Legislativa do Paraná desde 2007 e previam a substituição das sacolas plásticas convencionais por oxi-biodegradáveis  foram arquivados por não terem sido votados até o término de legislatura 2006/2010. Capitais como São Paulo e Pelo Horizonte já aprovaram seus projetos de lei, banindo do mercado o uso das sacolas plásticas.
 
						  
                         
                             
                         
                             
                                 
                         
                             
     
     
                                             
                                             
                                             
                                             
                                             
                                            