27-09-2011
March é a grande aposta da Nissan.
27-09-2011Fonte: Gazeta do Povo
A partir dessa semana começa a circular pelas ruas brasileiras a grande aposta da Nissan para tornar-se de uma vez por todas visível ao consumidor brasileiro. O hatch March é o impulso que a fabricante espera para ir do atual 1,6% de mercado nacional para 5% até 2014 e assim tentar esboçar por aqui o mesmo sucesso verificado na América do Norte, Ásia e Europa - onde em alguns países, como Reino Unido, Espanha e Rússia, ela é a japonesa mais bem colocada em vendas. O compacto contará com a ajuda do sedã Versa (leia matéria na página) e uma terceira novidade que ainda é mantida em segredo, ambos desembarcando no Brasil em novembro.
A confianca no produto é tamanha que a Nissan projeta fechar o ano comercializando 10 mil unidades por mês somando toda a gama, que hoje está em 5 mil, e pular da 12.ª para 7.ª posição no ranking das montadoras, assumindo a dianteira entre as concorrentes nipônicas Toyota e Honda e deixando para trás as sul-coreanas Hyundai e Kia. "A marca é conhecida no Brasil, mas não é lembrada (na hora de o consumidor escolher o carro)", disse Murilo Moreno, diretor de Marketing, para justificar a campanha, polêmica por sinal, que a marca vem fazendo para "aparecer" no mercado (a dos "Pôneis Malditos", da picape Frontier, é a mais recente).
No entanto, o maior apelo para conquistar o mercado brasileiro está no preço sugerido de R$ 27.790 - os líderes de venda Fiat Uno e VW Gol partem respectivamente de R$ 28.480 e R$ 30.380 - e no slogan que define o lançamento do modelo: "o primeiro carro popular japonês do Brasil". A previsão da marca é comercializar de 4 a 5 mil unidades/ mês até março do ano que vem, volume um pouco abaixo do Ford Ka e superior ao Peugeot 207 e Renault Clio.
Mas, afinal, o March tem atributos para bancar a expectativa da marca? É o que fomos conferir no lançamento para a imprensa realizado esta semana em San Diego, na Califórnia (EUA).
Visual
Visualmente, o modelo agrada mais "vindo" do que "indo". Os faróis salientes, a grade cromada e as laterais com para-lamas proeminentes dão ao compacto um ar mais robusto. Já as lanternas traseiras em formato retangular destoam do design moderno do conjunto. O carro produzido no México virá com dois tipos de motorização bicombustível, 1.0 e 1.6, com 74 e 111 cv, respectivamente, e sete tipos de configuração e acabamento.
O bloco mais fraco foi emprestado da parceria com a Renault (o mesmo do Sandero 1.0) e tem dois níveis de acabamento, sendo que o básico vem de fábrica com air bag duplo, ar quente, banco do motorista com ajuste de altura, tampa do combustível com abertura interna e computador de bordo. Nada mal, considerando a oferta dos rivais. Há ainda dois pacotes de opcionais: Plus, com limpador e desembaçador traseiros, regulagem interna dos retrovisores externos e calotas integrais, e Conforto, com ar-condicionado, direção elétrica e com regulagem de altura. Na configuração 1.0S, que encarece R$ 2,5 mil, isso tudo vem de série, mais trio elétrico (vidros, travas e retrovisores) e travamento automático das portas quando o carro entra em movimento. O único opcional serão as rodas de liga leve de 15 polegadas - as de fábrica são em aço de 14". A principal ausência é o ABS nos freios, que não vem nem como opcional. A marca promete acrescentar o item de segurança na próxima linha.
A motorização 1.6 é tão equipada quanto o 1.0S e estará nas lojas apenas em novembro. O preço tabelado parte de R$ 35.890. Haverá ainda a 1.6SV (R$ 37.790) e a 1.6 SR (39.990), com visual mais esportivo e itens exclusivos como retrovisores externos, ponteira de escapamento cromada, rodas de liga leve e kit aerodinâmico.
O Nissan apresenta um acabamento interno com materiais superiores aos dos concorrentes. Os bancos são bem confortáveis e revestidos em tecido de boa qualidade. O espaço interno surpreende para um compacto. Acomoda bem os ocupantes, inclusive quem vai atrás. O preço disso é pago na capacidade do porta-malas. São 265 litros, volume apenas razoável - só ganha do GM Celta entre os populares mais emplacados.
Se as campanhas agressivas para melhor o reconhecimento da marca japonesa no mercado brasileiro funcionarem, a Nissan vai "chacoalhar o mercado",como cravou Murilo Moreno .
 
						  
                         
                             
                         
                             
                                 
                         
                             
     
     
                                             
                                             
                                             
                                             
                                             
                                            