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Política

Dilma será primeira mulher a abrir Assembleia da ONU

21-09-2011

Presidente Dilma Rousseff fará sua estreia diante de lideranças mundiais e será primeira mulher a abrir Assembleia da ONU.

Dilma será primeira mulher a abrir Assembleia da ONU

21-09-2011 Fonte: R7 Notícias

A presidente Dilma Rousseff faz sua grande estreia no cenário internacional nesta quarta-feira (21), ao ser a primeira mulher a abrir uma Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).Da tribuna, a presidente brasileira falará a 192 líderes mundiais e a milhões de pessoas ao redor do planeta. O evento começa às 10h (horário de Brasília) e terá transmissão ao vivo no R7.

O discurso de Dilma é guardado a sete chaves e irá sofrer alterações até o último minuto. Isso porque o impacto das palavras da presidente é enorme.

O texto precisa mostrar as intenções do país e a sua capacidade de ocupar um papel de protagonista nas decisões mundiais.

Alguns temas já foram confirmados por assessores próximos à presidente. O papel da mulher na política é um deles, uma vez que Dilma reforça a questão feminina em seu governo e prioriza políticas de gênero, que beneficiam as mulheres.

A presidente também vai abordar a crise econômica que atinge a Europa e os Estados Unidos e o papel do Brasil nesse cenário. Ela não deve, no entanto, propor uma solução para a turbulência, mas apenas mencionar que o Brasil está dando certo do ponto de vista econômico. Ao explicar os motivos da situação confortável que o país vive hoje, Dilma pode citar os antecessores Fernando Henrique Cardoso, por conta da estabilização econômica, e Luiz Inácio Lula da Silva - seu padrinho político -, pela distribuição de renda e erradicação da pobreza.

Na política internacional, a revolta nos países árabes e a criação de um Estado palestino serão abordadas, assim como a defesa da reforma do Conselho de Segurança da ONU.

Dilma, no entanto, não deve falar diretamente sobre o desejo do Brasil de ter um assento fixo no conselho, uma reivindicação antiga.

Sobre a criação do Estado palestino, a presidente deve deixar clara a posição do Brasil. Em dezembro do ano passado, Lula reconheceu o Estado palestino em carta enviada à Autoridade Nacional Palestina.

Com isso, o Brasil se juntou a cerca de 130 países, número que supera o mínimo necessário de dois terços dos 193 países membros da ONU para que o território seja reconhecido oficialmente.

A viagem

A viagem de Dilma Rousseff aos Estados Unidos é a primeira de seu mandato e já estava prevista desde a visita do presidente Barack Obama ao Brasil, em março deste ano.

Em Nova York, Dilma já teve, nesta terça-feira (20), encontros bilaterais com Obama e com o presidentes do México, Felipe Calderón. Amanhã, além de discursar na ONU, ela vai se reunir com os chefes de Estado da França, da Grã-Bretanha, do Peru e da Colômbia e com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

Na segunda-feira (19), em sua primeira fala durante um debate na ONU, a presidente disse que a saúde da mulher é prioridade em seu governo.

As assembleias gerais da ONU acontecem desde 1945, quando a organização foi criada, e a primeira sessão especial foi aberta em 1947 por um diplomata brasileiro. Desde então, cabe ao país iniciar os encontros, por ter sido o primeiro membro das Nações Unidas.
Os temas desta assembleia serão a crise internacional, o futuro político da Líbia e a criação do Estado Palestino, entre outros.

Veja a programação completa da viagem

21/09 (quarta-feira) - Logo cedo, Dilma terá um encontro com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e em seguida, às 9h no horário de Nova York (10h em Brasília), abre o debate geral da Assembleia Geral das Nações Unidas. À tarde, mantém dois encontros bilaterais, com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e com o presidente da França, Nicolas Sarkozy.

22/09 (quinta-feira) - Último dia da estada de Dilma Rousseff em Nova York. Pela manhã, ela participa de uma reunião de alto nível sobre segurança nuclear, na ONU. À tarde, estará em reunião de alto nível sobre diplomacia preventiva no Conselho de Segurança das Nações Unidas. À noite, embarca de volta ao Brasil.

23/09 (sexta-feira) - Chegada da presidente a Brasília.