26-08-2011

A Reportagem da Folha de Campo Largo foi verificar, junto à Prefeitura Municipal, a denúncia de leitores de que o Município ainda mantinha contrato com a Adesobrás, ONG suspeita de irregularidades em outros municipios do Estado. As informações colhidas junto à Assessoria do prefeito Edson Basso, são de que o contrato com a ONG foi suspenso, ficando apenas duas médicas, gestantes, ainda vinculadas, prestando serviços ao Município, por questões trabalhistas legais, que cessarão após o término da Licença Maternidade.
"O contrato com a Adesobrás foi prorrogado exclusivamente para cumprir a Lei, no caso das duas médicas grávidas, uma vez que as duas profissionais não poderiam ter seus contratos rescindidos", disse o secretário municipal de Governo, Udo Schmidt. "Elas ainda não deram à luz os seus bebês, o que deve acontecer nos próximos meses, e só depois que elas voltarem da Licença Maternidade, e cumpridos os prazos legais, o contrato poderá ser rescindido", disse ele.
Saúde
O secretário Municipal de Saúde de Campo Largo, Carlos Andrade, também contatado pela Reportagem, nesta Quinta-feira (25), confirmou as informações de Udo Schmidt, adiantando ainda que a prorrogação do contrato com a Adesobras, exclusivamente para cumprir a legislação trabalhista, coincide com o final do período de Licença Maternidade das duas profissionais.
Carlos adiantou que "felizmente o Município não teve nenhum problema com esta ONG, mas mesmo assim, no término do contrato, não houve renovação". No lugar da Adesobras foram contratados serviços das empresas pré-hospital, que atende o centro Médico e o CAPS AD, a Lor-Ortopedia e o Hospital Nossa Senhora do Rocio. "Só para se ter uma ideia, no Centro Médico, para atender as escalas de serviço e os plantões, temos 50 profissionais (médicos).
Postos
A Reportagem da Folha recebeu, também, reclamação de falta de médico pediatra, no posto da Vila Glória. O secretário informou que "há realmente um problema pontual, naquele posto, visto que a médica pediatra se encontra de férias, mas que o atendimento é realizado por médico do Programa Saúde da Família, que está permanentemente na unidade. Em caso de necessidade a criança é imediatamente encaminhada para o Centro Médico, Rocio ou Hospital Infantil", explicou ele.
Carlos disse que as eventuais falhas, como esta do posto da Vila Glória, serão sanadas com a implantação do NASF - Nucleo de Apoio à Saúde da Família, com equipes volantes com um Pediatra, um fisioterapeuta, um psicólogo e um cardiologista. "Esta estrutura deverá funcionar em breve, melhorando ainda mais os serviços na área", disse Carlos, adiantando que serão cinco equipes, no Município.
O secretário adiantou que está particularmente satisfeito com os avanços conquistados pelo Município, na área de Saúde, lembrando que a Organização Mundial de Saúde recomenda um posto de saúde para cada 20 mil habitantes e Campo Largo tem, hoje, um para seis mil. "São 20 postos de Saúde, que agora estão funcionando melhor", explicou ele, lembrando que em 2005 havia sete equipes de PSF e, hoje, são 21 equipes.