23-04-2011
Nem toda a população foi vacinada, em 2010, contra o vírus Influenza A H1N1. O Governo Federal não dispunha, naquela época, de tempo suficiente, nem recursos, para comprar vacina para todos. Decidiu, então, vacinar apenas a população de maior risco, os idosos, os jovens de 19 a 29 anos, as gestantes, as crianças de seis meses a dois anos e outros grupos menores. A esperada pandemia, que poderia ter causado uma verdadeira catástrofe, não aconteceu, provavelmente devido à campanha de vacinação.
O A H1N1, de certa forma, foi "esquecido" pela população, até que, há uma semana, casos graves de infecção pelo vírus Influenza (não se sabe se é o H1N1), começaram a aparecer em Curitiba e cidades vizinhas. Campo Largo foi o único Município onde as autoridades de Saúde tomaram medidas urgentes, para combater o vírus. Montou-se, no Centro Médico, em poucas horas, no início da semana, uma verdadeira frente de batalha. Uma ala foi isolada para receber os pacientes e tratá-los. Os funcionários foram orientados a trabalhar utilizando máscaras para respiração e os pacientes que chegam com sintomas, também logo recebem máscara.
As medidas, que causam impacto, podem até assustar, mas servem, principalmente, para proteger a criança (o vírus parece atingir especialmente as crianças de zero a três anos), e evitar sua propagação. As autoridades de Saúde do Município ainda não sabem qual é exatamente o vírus, pode ser o H1N1, modificado ou pode ser outro Influenza qualquer, que causa estrago somente nesse faixa etária. "Os adultos podem ser os transmissores, para as crianças, sem ao menos apresentar sintomas", segundo os especialistas.
Ainda segundo os especialistas, não há motivo para alarme ou pânico, apesar da rapidez com que o vírus ataca as crianças. "É preciso cuidado, atenção para buscar socorro antes que o vírus se instale e cause danos", explicam. Um dos sintomas é a respiração ofegante, da criança, e o chiado no peito, ao respirar. Estas devem ser tratadas com urgência, pois nesse momento o vírus já está atingindo o pulmão da criança e ela vai precisar assistência para respirar, inalação e a administração de medicamentos antivirais. Por isso as autoridades de Saúde do Município solicitaram uma ala especial do Hospital Infantil, para tratar com mais recursos, estas crianças.
Para lá já foram 12, algumas já receberam alta e estão continuando o tratamento em casa.
A população deve tomar algumas atitudes, como na época da ameaça do H1N1: lavar as mãos com sabão e/ou álcool em gel, abrir portas e janelas para que os ambientes fiquem ventilados, evitar levar crianças para locais onde haja aglomerações, ambientes fechados, e proteger a boca e nariz, ao expirrar. Se todos tomarem estas medidas, como aconteceu em 2009 e 2010, o Influenza, quer seja ele o H1N1 ou qualquer outro, não causará nenhum dano à nossa população.
Para alívio de uma boa parte da população, na próxima Segunda-feira será iniciada a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. A vacina vem com força para imunizar as pessoas contra três tipos de vírus Influenza, o A, H1N1, o A (H3N2) e o B. Pena que, como em 2010, a vacina que o Governo Federal está distribundo não é para todo mundo, apenas para idosos, gestantes, e crianças de zero a dois anos. Quem estiver fora dos grupos de risco, entretanto, pode procurar a vacina nas clínicas especializadas. O preço, entretanto, é salgado, oscilando entre R$ 60 e R$ 80,00.