13-04-2011
O presidente da Câmara dos deputados, Marco Maia (PT-RS), declarou nesta terça-feira (12) que não apoia a ideia de realizar uma nova consulta popular acerca da venda de armas de fogo no Brasil. O petista lembrou que, em 2005, a opinião doa sociedade foi "firme" ao rejeitar o desarmamento.
- Nós já fizemos um plebiscito que demonstrou uma opinião da população acerca do desarmamento e que foi, na minha avaliação, muito firme, contundente. Mais de 60% votou pelo não ao desarmamento.
No referendo sobre o tema, em outubro de 2005, 63,94% dos brasileiros responderam "não" quanto à proibição do comércio de armas e munição. A discussão foi relançada após o massacre em uma escola de Realengo, no Rio, que vitimou 12 estudantes.
Maia disse que é preciso "fazer um bom debate" e ouvir a população antes de se tomar uma decisão. Para o deputado, é ruim tomar decisões no "calor e na emoção" de um fato.- Nessas questões, quanto mais equilibrados nós formos melhor para tomarmos uma decisão que não vá apenas trazer gastos e manter a mesma decisão que já foi tomada sobre essa matéria.
A opinião do petista vai contra o discurso do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Nesta terça-feira, o senador apresentou proposta de realizar plebiscito no primeiro domingo de outubro. Caso a população opte pela proibição da venda, uma lei seria depois automaticamente aprovada pelo Congresso.
Marco Maia afirmou que, pessoalmente, é contra a venda de armas.
- No último plebiscito, eu fui pelo desarmamento. Minha opinião foi derrotada, apesar do debate, da discussão toda que foi realizada.
Fonte: R7 Notícias